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Diante de sinalização de respostas do governo, servidores do Fisco fazem nova assembleia

Os servidores do Fisco estadual fazem uma nova assembleia geral na próxima quarta-feira (26), data em que avaliam a resposta do governo sobre a abertura de uma mesa de negociações com a categoria, prometida para terça-feira (25).

O Sindicato do Pessoal do Grupo de Tributação, Arrecadação e Fiscalização – TAF do Espírito Santo (Sindifiscal-ES) avaliou que percebeu uma boa vontade por parte dos interlocutores do governo em negociar com os servidores, que se dispuseram a apresentar uma resposta para a possibilidade de abertura de negociações após reuniões entre representantes dos servidores e o secretário Chefe da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Junior e o secretário da Fazenda, Paulo Roberto Ferreira.

Dentre as reivindicações dos servidores está a aprovação de uma Lei Orgânica da carreira, conforme prerrogativas constitucionais quanto à essencialidade das suas atividades para o funcionamento do Estado e recursos prioritários para a realização dessas ações; o preenchimento de quadros da Receita, por meio da nomeação dos aprovados no último concurso, já que atualmente há apenas 336 cargos ativos, ante 580 previstos em lei; reestruturação da carreira de auxiliar fazendário; e transparência na divulgação de benefícios fiscais concedidos pelo governo, por meio da restauração do artigo 145 da Constituição Estadual.

Como o governo se recusava a atender às reivindicações dos servidores, os auditores fiscais da Receita Estadual pediram exoneração de seus cargos e mandatos em comissão no dia 20 de junho deste ano. A atitude dos auditores foi pioneira e se tornou um exemplo para as demais categorias e sindicatos de todo o País.

A entrega dos cargos foi uma resposta à política do governo de adotar medidas macroeconômicas voltadas apenas ao corte de despesas e venda de ativos, o que desestabiliza o equilíbrio das contas públicas.

Em retaliação à entrega de cargos, o governador Paulo Hartung (PMDB) enviou à Assembleia Legislativa Projeto de Lei Complementar (PLC) 015/2016 (que deu origem à Lei Complementar 832/2016) que permite a  livre nomeação e exoneração para cargos em comissão, inclusive para os cargos de gerente tributário, regional e de fiscalização fazendária, que só poderiam ser ocupados por servidores de carreira.

A Lei Complementar 832/16, que permite essa nomeação, foi publicada no dia 25 de agosto, no Diário Oficial do Estado, um dia após a aprovação.

 
A nova lei se traduz na possibilidade do loteamento político desses cargos, tal qual aconteceu na indicação para a chefia da Sefaz, com a nomeação de Paulo Roberto Ferreira para o cargo de secretário, ocorrida em 22 de agosto.

A sanção da lei e a possibilidade de loteamento político e por grupos econômicos dos cargos colocam em risco o sigilo fiscal dos contribuintes. Quando não há sigilo, cria-se um ambiente nocivo para os negócios e abre-se caminho para a sonegação de impostos.

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