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Alunos da rede estadual permanecem mobilizados nas ocupações de escolas

Os alunos da Escola Estadual e Ensino Médio (EEEM) Agenor Roris, em Vila Velha, e da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Almirante Barroso, que ocuparam as unidades na última sexta-feira (21), continuam mobilizados. As ocupações são um protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 241/2016, a Reforma do Ensino Médio, o projeto Escola Sem Partido e outras medidas que representam o sucateamento do ensino.

Os estudantes permaneceram mobilizados durante todo o fim de semana, com o apoio da comunidade escolar e dos moradores do entorno das escolas, que contribuíram com mantimentos para os alunos. Além disso, houve atrações culturais abertas para a comunidade durante todo o fim de semana.

Nesta segunda-feira (24), os portões foram abertos na Agenor Roris e, logo pela manhã, houve uma reunião com os alunos sobre a ocupação, com a presença de defensores públicos, que esclareceram sobre a legitimidade do movimento.

Depois da reunião, mais alunos aderiram à ocupação e participaram de uma aula sobre a PEC 241 no pátio da escola e nenhum estudante foi para a sala de aula, declarando apoio à ocupação.

A ocupação no Agenor Roris conta com 46 estudantes e todos têm a autorização dos pais para permanecerem na escola. Apesar das tentativas de intimidação aos pais – eles estariam recebendo comunicações apontando que os filhos poderiam ser presos – os estudantes permanecem mobilizados, com o apoio dos responsáveis.

Embora as aulas na escola tenham sido suspensas pela Secretaria de Estado de Educação (Sedu), com a dispensa dos alunos no intervalo do turno da manhã, os ocupantes organizam aulas livres para aqueles que queiram assistir.

Na manhã desta segunda-feira, a sala do grêmio estudantil Honestino Guimarães, da Agenor Roris, chegou a ser confiscada pelo diretor da escola, que dizia não reconhecer a representação do colegiado. No entanto, a organização de estudantes em grêmios no Estado é garantida pela Lei 10.333/15, que garante a autonomia na organização dos alunos. A chave foi posteriormente devolvida aos alunos.

Já na Almirante Barroso houve, durante a manhã, aulas de física e geografia para os alunos da unidade. Os estudantes que ocupam a escola, depois de reunião com representantes da Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedh), deliberaram que apenas alunos e pais entrarão na escola. As aulas previstas no calendário letivo serão substituídas por uma grade curricular construída em assembleia pelos próprios estudantes.

Os estudantes ficarão em poder das chaves, que não serão entregues aos vigilantes patrimoniais, para manter a autonomia da ocupação.

Além das duas escolas da rede estadual, também estão ocupados os campi do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de São Mateus, no norte do Estado; de Cachoeiro de Itapemirim, no sul; e de Piúma, no litoral sul do Estado, este ocupado na manhã desta segunda-feira.

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