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Número de escolas ocupadas cresce no Estado e pode aumentar durante a semana

A ocupação de escolas estaduais cresce a cada dia na Grande Vitória e no interior do Estado. Nesta quarta-feira (26) o número de escolas ocupadas chegou a 14, além de prédios da Universidade Federal do Estado (Ufes) e dos campi de São Mateus, no norte do Estado, e de Cachoeiro de Itapemirim, na região sul, do Instituto Federal do Estado (Ifes).

Dentre as unidades da rede pública estadual estão ocupadas a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (Emef) Almirante Barroso, Colégio Estadual, Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Maria Ortiz, Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Irmã Maria Horta, EEEM Arnulpho Mattos e EEEFM Desembargador Carlos Xavier Paes Barreto, em Vitória; EEEM Agenor Roris, EEEFM Francelina Setúbal e Assisolina Assis Andrade, em Vila Velha; EEEFM Maria Penedo, em Cariacica; EEEFM Rômulo Castelo e Aristóbulo Barbosa Leão, na Serra; EEEM Irmã Dulce Lopes Ponte, em Viana; e EEEFM Professora Filomena Quitiba, em Piúma, no sul do Estado.

No campus da Ufes, em Goiabeiras, estão ocupados os prédios Centro de Artes (Cemuni) V e VI e IC II e IV. O Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes), campus da Ufes em São Mateus, também está ocupado pelos alunos.

Os estudantes da rede estadual têm enfrentado dificuldades até mesmo para assistir aulas em escolas que sequer estão ocupadas. No caso da EEEM Fernando Duarte Rabelo, em Vitória, os alunos se depararam com os portões fechados no momento em que chegavam para o turno da tarde.

Com a escola fechada, os alunos permaneceram mobilizados em frente à unidade, no sol e sem acesso a água. Informações dão conta que, ao menor boato de possível ocupação, as escolas são fechadas pela direção para todos os alunos.

O mesmo aconteceu na escola Hilda Miranda, na Serra. Os alunos se depararam com os portões fechados no momento em chegavam para a aula. Por isso, protestaram fechando a avenida principal do bairro Porto Canoa.

As ocupações em todo o País ocorrem contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016 – aprovada em segundo turno pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (25) – e outras medidas que sucateiam a educação pública. Os estudantes As escolas ocupadas continuam recebendo doações de alimentos, produtos de higiene e kits de primeiros socorros para os alunos que participam da ocupação.Além da PEC, os estudantes protestam contra medidas do governo federal que sucateiam a educação pública, como a Medida Provisória (MP) 746/2016 – conhecida como a reforma do Ensino Médio e o projeto Escola Sem Partido.

 
A MP 746 foi proposta de maneira autoritária e sem diálogo com a comunidade escolar. Já a PEC 241 estabelece um teto para gastos públicos por até 20 anos, para saneamento da dívida pública. Na prática, a proposta representa o sucateamento dos serviços públicos para a população, principalmente a mais vulnerável, além de perdas para os servidores públicos.
 
A matéria congela os gastos públicos por 20 anos, período em que o dinheiro economizado será canalizado para o pagamento da dívida pública, que atualmente consome quase metade do orçamento do País. O limite de referência dos gastos passa a ser o do ano anterior, com correção da inflação.

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