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Candidatos de Vitória fazem último debate em clima acirrado e estratégico

No último debate entre os candidatos a prefeito de Vitória, o prefeito Luciano Rezende (PPS), e o deputado estadual Amaro Neto (SD), realizado na noite dessa sexta-feira (28), pela TV Gazeta, não teve nada de amistoso. Em vez dos ataques e ironias do encontro da Rádio CBN na semana que acabou, os candidatos transvestiram os ataques em um pseudodebate programático.

O deputado voltou a atacar pontos vulneráveis na gestão de Luciano Rezende. No primeiro bloco, o deputado questionou o prefeito sobre geração de empregos, a Fábrica de Ideias, que ele alega estar abandonada, e a falta de alternativas às perdas de recursos. O prefeito já iniciou o programa citando rankings nacionais, como a Revista Exame, que coloca a cidade em situação de destaque.

A Fábrica de Ideias voltou na outra pergunta de Amaro para Luciano. Ele afirmou que o local está abandonado e que isso fora constatado por vereadores que estiveram no local. O prefeito disse que os vereadores entraram pelo lado errado do complexo. E que o local está funcionando, sim.

No segundo bloco, com as perguntas sorteadas, o deputado estadual continuou tentando desmontar a ideia de gestão eficiente, criticando pontos como saúde, mobilidade e cultura. O prefeito nesta segunda fase passou a atacar de forma discreta o deputado, tentando colar nele o rótulo de inexperiente, dizendo que o deputado não sabia como funcionava o atendimento na área da saúde.

“O senhor não sabe, mas é função do Estado. A prefeitura é a porta de entrada”, disse o prefeito. Posteriormente, disse que o deputado não sabia, porque “não estava na cidade”, se referindo ao período em que Amaro Neto trabalhou em Minas Gerais.

Um momento crítico do debate foi a discussão sobre o episódio do confronto na Leitão da Silva. Amaro questionou a insegurança na cidade. O prefeito, mais uma vez, citou rankings nacionais. O prefeito afirmou que Vitória acabou de ser mencionada no anuário do Fórum de Segurança Pública, como a capital que mais diminuiu os índices de homicídios. Com 43% de redução, enquanto o Estado teve 10%.

Amaro foi irônico: “Quanto é positivo é Luciano, quando é negativo é do governo do Estado”, disse o deputado lembrando o confronto na Leitão da Silva e questionou: “o prefeito, apareceu, como líder da cidade?”. Disse que no Bairro da Penha, precisa da volta do Projeto Terra e de oportunidades, além de um projeto de segurança.

Embora tenham tentado dar um ar mais elegante, os dois candidatos imputaram nesse debate todos os esforços na tentativa de convencer os indecisos. Historicamente, esse último debate costuma influenciar muito no processo, principalmente em pleitos em que o embate deixa o confronto indefinido às vésperas da eleição, como é o caso de Vitória. Os candidatos tentaram não demonstrar irritabilidade e mostrar preparo, mas não conseguiram fugir das provocações e armadilhas.

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