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Juntinhos até 2018?

Durante a campanha eleitoral e depois dela, o mercado político tem observado que o senador Magno Malta (PR) virou o melhor amigo de infância do prefeito eleito de Vila Velha, Max Filho (PSDB). O parlamentar parece tentar capitalizar com a vitória do tucano. Preparando-se para uma disputa à reeleição para o terceiro mandato no Senado, Malta precisa de todo apoio que conseguir.

Isso porque, para os meios políticos, a situação dele, se comparada com a de Ricardo Ferraço (PSDB) – outro que estará disputando a reeleição em 2018 –, é mais complicada. Malta se elegeu com a bandeira da redução da maioridade penal, o que não conseguiu emplacar em Brasília, até porque trata-se de clausula pétrea da Constituição, o que torna a mudança muito difícil.

No meio do caminho, fez uma série de escolhas equivocadas, o que acabou enfraquecendo seu partido no Estado. Primeiro deu sinais de que poderia disputar o governo do Estado, o que tirou do partido praticamente toda a bancada na Assembleia, e lideranças importantes como o ex-prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga. Outra tentativa frustrada foi a de se candidatar a presidente da República, que não foi aprovado pelo partido.

Tentou ainda emplacar uma CPI que poderia lhe dar visibilidade, com base em denúncias de fraudes na aquisição de próteses ortopédicas, mas não conseguiu a mesma visibilidade que a CPI da Pedofilia lhe garantiu no primeiro mandato.

Diante do desgaste da presidente Dilma Rousseff (PT), a quem ajudou a se eleger em 2010, Malta mudou de lado e passou a criticar o PT, adotando um discurso conservador, como o do pouco democrático projeto Escola sem Partido, que também não está lhe rendendo holofote.

Em 2015, fez um acordo insólito. Mesmo tendo sido excluído e prejudicado várias vezes pela política grupista de Paulo Hartung (PMDB), selou a paz com o governador e espera estar ao seu lado na disputa de 2018.

Mas, desta vez, o senador parece ter acertado na estratégia. Como Max Filho decidiu entrar na disputa às vésperas do início do processo eleitoral, ficou sem aliados e o PR garantiu o apoio que tucano precisava. Com isso, Malta conseguiu livre trânsito no palanque de Max Filho, que vai governar o maior colégio eleitoral do Estado. Isso sim pode ajudar, mas vai depender do desempenho do prefeito que ajudou a eleger nos dois primeiros anos de gestão.  

Com uma sombra em suas costas chamada Amaro Neto (SD), que saiu muito bem votado da disputa em Vitória e atua em um eleitorado muito parecido com o de Malta, o senador pode ter de disputar voto com deputado estadual. Mais novo, mais revigorado e tão popular quanto o republicano, Amaro tem chances de abocanhar a fatia do eleitorado de Magno Malta.

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