Consta na Portaria nº 11/2016, divulgada no Portal da Transparência do MP estadual (MPES), que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) recebeu uma denúncia de que o então candidato à reeleição estaria utilizando máquinas para realizar serviços particulares na casa de um eleitor com objetivo de angariar votos. Em declarações colhidas pelo MPES, foi levantado que o tucano pediu voto usando como moeda de troca o serviço prestado com um caminhão do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e uma pá carregadeira da prefeitura.
Carlos Henrique é alvo de outros dois procedimentos no MPE: o primeiro se refere ao suposto abuso do poder político ao utilizar uma liminar judicial para firmar um acordo com alguns servidores (técnicos de enfermagem) para receber apoio político. No outro caso, o Ministério Público investiga se o prefeito pagou pela utilização de máquinas para terceiros, conforme gravação de uma conversa entre dois moradores que chegou ao conhecimento do Pardal (sistema de denúncia da Justiça Eleitoral). Ambas as investigações são conduzidas pelo promotor eleitoral, Daniel de Andrade Novaes.
Prefeito teve direitos políticos suspensos
Além dos problemas na Justiça Eleitoral, o prefeito de Irupi também enfrenta dificuldades na Justiça comum. No início do mês, Carlos Henrique teve os direitos políticos suspensos por oito anos, em decorrência de uma ação de improbidade pela pintura de prédios públicos com cores alusivas à sua campanha eleitoral em 2012. A condenação, que ainda cabe recurso, prevê o pagamento de multa civil no valor equivalente a 50 vezes o salário do prefeito. A decisão foi prolatada pela juíza da 1ª Vara de Iúna, Graciela de Rezende Henriquez.