O protesto terminou em frente ao edifício Fábio Ruschi, onde se localiza a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus). O projeto de hora extra havia sido negado em virtude da contenção de despesas adotada pelo Executivo e sob a alegação de que feriria a isonomia administrativa.
Além da hora extra, os inspetores penitenciários também reivindicam a reposição das perdas salariais; aumento no número de profissionais nas unidades prisionais, na Diretoria de Segurança Penitenciária (DSP) e na Diretoria de Operações Táticas (DOT).
A categoria denuncia a escassez de materiais de segurança e de condições de trabalho – coletes balísticos, acautelamento de armas e escalas de trabalho que não respeitam o princípio de isonomia, sobrecarga do efetivo atuante, em função das limitações legais dos servidores em designação temporária – e a abertura de edital para 4 mil vagas para cadastro de reserva sem previsão do número de vagas para contratação.
Para o presidente do Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes), Sóstenes Araújo, a situação salarial dos inspetores, que já era ruim antes do início das negociações, ficou ainda mais degradada com o passar do tempo. Ele aponta que as negociações com o governo foram aguerridas, mas chegou um momento em foi preciso adotar medidas mais enérgicas para a obtenção de respostas.