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Menos de dois anos depois de assumir o cargo, Gracimeri Gaviorno deixa a Chefia de Polícia Civil

O secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, anunciou nesta quinta-feira (1) a saída da delegada Gracimeri Gaviorno da Chefia de Polícia Civil. No lugar dela assume o delegado Guilherme Daré, que era o chefe da Chefe da Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio. A delegada deixa a Chefia de Polícia em meio a um desgaste com a categoria para assumir a Subsecretaria de Integração Institucional da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

De acordo com o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado (Sindepes), Gracimeri Gaviorno foi muito criticada pela categoria por nunca ter apresentado um plano de trabalho ou gestão pública, por ter feito remoções altamente desgastantes, agravando um cenário já crítico por falta de recursos.

Segundo o Sindepes, a expectativa é que o novo chefe de Polícia se mostre mais pragmático em aceitar a realidade difícil pelo qual a instituição se encontra e compreenda as reivindicações dos policiais.

O Sindicato dos Polícias Civis do Estado (Sindipol-ES) aponta que, apesar de se mostrar sensível às demandas dos policiais, a delegada-chefe não mudou muito o quadro da instituição nos quase dois anos em que ocupou o cargo. Segundo a entidade, a Polícia Civil enfrenta uma crise sem precedentes, com efetivo defasado, delegacias sucateadas e falta de valorização dos profissionais.

Um levantamento feito pelo Sindipol com base nos dados atualizados da Polícia Civil mostra uma defasagem de 1.428 policiais civis, o que equivale a quase 38%.

Além disso, muitos policiais estão se aposentando e a recomposição do efetivo não ocorre. Além da falta de recomposição, a sobrecarga de trabalho e o adoecimento de policiais fazem com que os profissionais precisem se afastar a instituição, reduzindo ainda mais o quadro de policiais em atuação.

Há casos de delegacias regionais da Grande Vitória que operam com apenas três policiais por plantão, quando a legislação prevê 30.

Em algumas dessas unidades os próprios policiais tiveram de arcar com serviços como limpeza de caixa de gordura e manutenção de ar condicionado, além de fazerem “vaquinha” para a compra de água mineral.

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