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Morre Sérgio Ricardo de Oliveira Egito (1948 – 2015)

O corpo do jornalista Sérgio Ricardo de Oliveira Egito foi encontrado na manhã desta segunda-feira (5), em seu apartamento na Avenida Dante Michelini, em Jardim Penha, Vitória.

Nascido em 30 de agosto de 1948, Sérgio Egito era  filho de um dos mestres da Maçonaria no Estado, Silvio Egito, uma das suas marcas era a timidez e o lirismo que imprimia em textos e eventuais canções, já que uma de suas paixões era o violão.

Sérgio Egito, em sua carreira jornalística, passou por O Diário, e em diferentes ocasiões esteve em A Tribuna e A Gazeta. Na Tribuna, chegou a diretor de redação, e em A Gazeta foi editor-chefe até 1997, quando passou a titular da coluna Victor Hugo, sua última função na Rede Gazeta. Também presidiu o Sindicato dos Jornalistas do Estado (Sindijornalistas-ES) entre os anos de 1982 e 1985.

Foi diretor-presidente da Rádio e TV Espírito Santo durante o governo Renato Casagrande (PSB), e diretor de produção do Departamento de Imprensa Oficial (DIO) a partir de 2015, seu último cargo público. No DIO produziu a revista Cultura, em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura (Secult), que havia sido criada pelo ex-diretor do órgão Marcos Alencar.

Nos anos 1960, fez parte da famosa Turma do Britz (o proprietário Eduardo Pari homenageava os frequentadores com nome de pratos do restaurante e o sanduíche à Sérgio Egito era famoso). O grupo reunia ainda Carmélia Maria de Sousa, Milson Henriques, Ronaldo Nascimento, Marcos Alencar, Mauro Leite, Demilson Martins, Nilsinho Pimenta, Luis Alberto Martins, Marco Antonio Paru, Catita, Dutra, Grothes, Tina Torini, Antonio Aquino, e inúmeros outros intelectuais capixabas. Foi de sua autoria, por exemplo, a música classificada em 2º lugar no I Festival Capixaba de Música Popular, promovido por Marien Calixte (que era secretário de Turismo e Cultura da Prefeitura de Vitória na gestão de Setembrino Pelissari) com a canção “Saudade”, interpretada por Virginia Klinger. A letra:

“Cai a tarde tão sozinha

E a noite já vem fria
O meu sonho embalar

Vem depressa, não demore

Pra saudade ir embora
Que vontade de chorar

Já não suporto um só momento

Tenho arrependimento
E carinho pra te dar

Vem, amor, a casa é sua

Que a tristeza foi à rua
Não a deixe mais entrar”
 
O sepultamento acontece às 17h30 desta segunda-feira no cemitério Jardim da Paz, na Serra.

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