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Bancários do Banco do Brasil fazem novo protesto contra reestruturação da instituição

Bancários de todo o Brasil planejam para esta quarta-feira (7) mais um dia de paralisações nas agências do Banco do Brasil contra a proposta de reestruturação do banco. Com a reestruturação serão fechadas agências e será colocado em prática o Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI).

Na terça-feira (6) haverá uma plenária no Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) para definir as estratégias para o dia de mobilização.

Na última semana, a Comissão de Empresa dos Bancários se reuniu com a direção do Banco do Brasil, em Brasília, para expressar o descontentamento com o desmonte da instituição e tentar negociar o processo de reestruturação implementado pelo governo federal. Como não houve respostas, o dia de mobilizações foi agendado.

No Estado, serão afetadas pela reestruturação as agências Moscoso e Rio Branco, em Vitória, que serão fechadas, e as agências Expedito Garcia, em Cariacica, e Jardim Limoeiro, na Serra, que serão transformadas em postos de atendimentos.

O Sindibancários aponta que a reestruturação foi anunciada sem diálogo com os trabalhadores ou com as representações dele. Esta medida foi tomada visando uma economia de R$ 750 milhões em despesas, no entanto, o número de funcionários já é insuficiente para atender à demanda de usuários.

O diretor do sindicato, Thiago Duda, afirma que nenhum bancário da instituição tem a situação garantida, nem de posto de trabalho, nem de comissão. Para ele, esse contexto leva a perceber que em um futuro próximo não só as comissões estarão em jogo, mas os empregos dos bancários.

O sindicato também ressalta que a estratégia do banco é focar nas ferramentas de atendimento digital, que começaram a ser implantadas em 2014, com foco nos clientes de alta renda. No entanto, para os bancários, este modelo representa sobrecarga de trabalho, desrespeito à jornada de trabalho e aumento de pressão para cumprimento de metas.

O trabalho no BB Digital – que tem atendimento feito por telefone ou online – inclui os bancários em condições de trabalho semelhantes às do telemarketing, que garante ao empregado o direito de dois intervalos de 10 minutos contínuos, após a primeira e antes da última hora trabalhada.

Além disso, o bancário passa a ser monitorado durante todo o expediente pelo gestor, que pode acessar a tela de trabalho do empregado e controlar, via software, o tempo gasta em cada ação, como leitura de e-mails e circulares.

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