O funcionário público Moshe Dayan Rosa é o próximo depoente na CPI da Máfia dos Guinchos, nesta segunda-feira (12). Ele esteve na CPI da Máfia dos Guinchos na na última segunda (5) para denunciar a retirada ilegal de seu veículo de um pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES). Dayan só foi encontrá-lo na Bahia, com documentos e placas falsificados.
Nessa quinta-feira (8), quatro pessoas ligadas ao Detran-ES foram presas após investigação que durou seis meses, acusados de articular um esquema de retiradas irregulares de carros dos pátios, com falsificação de chassi e de documentação. Há indícios de que Dayan tenha sido uma das vítimas do grupo. Segundo as investigações, o grupo teria movimentado cerca de R$ 700 mil.
O veículo de Dayan foi apreendido irregularmente em uma blitz de trânsito em 2012. O motorista foi parado e, mesmo tendo isenção do pagamento de Licenciamento e Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), teve o veículo apreendido e levado para o pátio Central Park, em Cariacica. Ele conta que aí começou a saga para tentar liberar o veículo, com base na comprovação que tinha isenção de pagamento do IPVA.
Recorreu ao próprio Detran, que liberou o veículo, nem informou o paradeiro do carro. Segundo ele, foram mais de dez declarações enviadas ao órgão que explicavam que ele tem isenção no pagamento das taxas.
Somente este ano – depois de desistir de comprovar que tinha direito à isenção e afirmar que queria pagar todas as taxas para liberar o veículo – conseguiu um documento em que o órgão admite que o carro foi retirado do pátio sem a anuência do proprietário e em situação inexplicável e transferido para a Bahia, com o mesmo Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) e com placas diferentes.
