sexta-feira, setembro 20, 2024
27.1 C
Vitória
sexta-feira, setembro 20, 2024
sexta-feira, setembro 20, 2024

Leia Também:

Bancários retardam em duas horas a abertura de agências do Itaú em Vitória e Vila Velha

Em protesto contra a demissão de empregados e as péssimas condições de trabalho no Itaú, o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES) paralisou na manhã desta quarta-feira (14), até as 12 horas, o funcionamento das agências de Vila Velha e da Beira Mar, no Centro de Vitória.  O Itaú tem reduzido cada vez mais o número de funcionários. De novembro de 2015 a novembro de 2016, a instituição demitiu, em todo o Brasil, 2.753 empregados. No Estado, foram 37 no decorrer do ano.

A entidade aponta que demissões não se justificam, já que de janeiro a setembro o banco teve um lucro líquido de R$ 16,3 bilhões, gerado pelo trabalho dos bancários e pela exploração dos clientes, que pagam altas taxas de juros e tarifas. O cotidiano dos bancários do Itaú também é marcado pelo assédio moral, capitaneado pelo representante regional do banco. Os bancários são pressionados de forma intensiva para vender um grande número de produtos do banco, muitas vezes desnecessários para os clientes.

“Recebemos várias denúncias de bancários que estão sofrendo com essa forma de gestão opressora adotada pelo banco, baseada na constante ameaça de demissão e na prática de assédio moral contra os bancários. Por isso, realizamos mais essa ação sindical em protesto contra todas essas medidas adotadas pelo banco que tem provocado o adoecimento de muitos empregados”, enfatiza o diretor do Sindibancários, José Calos Shneider.

Além disso, o Itaú exige que os bancários façam permanentemente cursos de aperfeiçoamento sem que haja uma contrapartida do banco ou condições para o estudo. Outra atitude corriqueira são as ameaças de demissão contra aqueles que têm direito à estabilidade, como os que retornam ao trabalho após afastamento por problema de saúde ou membros de cooperativas – ameaça muitas vezes concretizada pelo banco.

Há, ainda, as transferências dos funcionários de uma região para outra, feitas de forma arbitrária, impactando de maneira negativa o bancário e a sua família, que já tem uma vida estabilizada na localidade onde trabalha.

A falta de condições de trabalho e a carência de funcionários prejudicam também o atendimento aos clientes, que enfrentam longas filas, mesmo pagando caro pelos serviços bancários.

Mais Lidas