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CPI ouve envolvidos em comercialização de área do Estado

Uma área em Cariacica vendida há 10 anos, que pertence ao Estado, e outra de aproximadamente 55 mil metros quadrados foram tema da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Grilagem, que ouviu três pessoas envolvidas na comercialização dos terrenos nesta quarta-feira (14), na Assembleia Legislativa. O colegiado investiga se houve fraudes contra a administração pública e na comercialização de terrenos e imóveis no Espírito Santo.

O primeiro a ser ouvido foi o aposentado Higino Gabriel Fardin. Ele afirmou que adquiriu a propriedade sem saber que era do Estado, e que vendeu a área há cerca de três anos, por R$ 3,2 milhões, para Odival Roncon. “Na época vendi a propriedade apenas com o recibo”, frisou.

O empresário Hilton Patrício Schultz, apontado como intermediário, negou que tenha participado da negociação, mas admitiu ter recebido uma espécie de gratificação pela venda. “Não participei de nenhuma venda, porque não sou corretor de imóveis. O que recebi foi uma gratificação de R$ 62 mil”, afirmou Schultz.

Já o comerciante Carlos Augusto Pretti Moraes foi questionado sobre a venda de duas chácaras, também em Cariacica, que teve a documentação alterada. “Não sabia dessa situação”, garantiu Moraes.

“Temos um laudo da Polícia Civil e outro de uma empresa particular contratada pela imobiliária. O documento da PC diz que a assinatura não é do responsável pela imobiliária e o outro diz que a assinatura pertence à imobiliária”, explicou o deputado Gilsinho Lopes (PR) sobre o caso das duas chácaras.  O outro convocado pela comissão, Virgílio Bortolon, não compareceu à oitiva, alegando motivos de saúde.

O relator da CPI, deputado Bruno Lamas (PSB), disse que os fatos mencionados nos depoimentos são muito sérios e merecem ser apurados com cautela. “Chegam denúncias desse tipo de negócio de várias partes do Estado e precisam ser investigadas”, ressaltou Lamas.

Após o recebimento de denúncias, o colegiado aprovou a convocação do corretor imobiliário Rafael Zanoti. A reunião extraordinária será na quarta-feira (21), às 10 horas, no Plenário Rui Barbosa.

A CPI apura denúncias de invasão de terrenos, fraudes, crimes contra a administração pública, crime de estelionato, venda de terrenos sem registros em cartórios e existência de irregularidades na comercialização de terrenos, imóveis e áreas públicas nos municípios capixabas.

O colegiado é composto pelo deputado Euclério Sampaio (PDT), presidente; Marcelo Santos (PMDB) vice-presidente; Bruno Lamas (PSB) relator. Os membros efetivos são Gilsinho Lopes (PR) e Hudson Leal (PTN); e os suplentes são Da Vitória (PDT), Guerino Zanon (PMDB), e Freitas (PSB).

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