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Com prisão pedida, dono de pátio se diz vítima de fraude operada dentro do Detran-ES

Dionísio Gomes, pai de Dionísio Gomes Filho, proprietário do Central Park, pátio do qual o veículo do oficial de justiça Moshe Dayan Rosa foi retirado e levado para a Bahia, confirma a retirada do veículo, mas alega que a empresa foi vítima de fraude tanto quanto o próprio dono do carro. Gomes também critica o pedido de prisão preventiva do filho requerido pela CPI da Máfia dos Guinchos, na Assembleia Legislativa, na sessão dessa segunda-feira (12).
 
O veículo de Rosa, que depôs na CPI na mesma segunda-feira, foi apreendido em 31 de agosto de 2012, em Bento Ferreira, Vitória, e retirado do Central Park em 30 de setembro de 2016. O oficial contou o périplo que enfrentou desde a apreensão, motivada por ausência de documentos de licenciamento, até a descoberta do carro no estado vizinho. Acusou, ainda, o proprietário do pátio de impedi-lo de entrar no local com um vistoriador. 
 
“É muito simples para a Janete [de Sá, do PMN, membro da CPI], deputada da situação, mandar prender o proprietário do pátio”, defende-se Gomes, que, também, pede uma investigação dentro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-ES). 
 
Gomes explica que a liberação do veículo cumpriu os trâmites determinados pela instrução de serviço que normatiza os procedimentos para liberação de veículos. Um dos artigos determina a apresentação de Carta de Liberação, documento emitido após o cumprimento de uma série de exigências, entre as quais a quitação de todos os débitos, emissão de Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo e cópia dos Documentos Únicos de Arrecadação pagos ou comprovante de quitação.
 
Gomes recebeu a Carta de Liberação com os débitos, pouco mais de R$ 11 mil quitados, com assinatura e identidade de Moshe Dayan Rosa. “Quem vai me dizer que tenho que provar que aquilo é falso? Não tenho a menor condição de dizer se isso é falso ou não, porque está tudo baixado no sistema do Detran. E baixou com dinheiro entrando ou sem o dinheiro entrar?”, argumenta. 
 
Para Gomes, o mais provável é que servidores do Detran-ES recentemente presos por desvios de recursos públicos tenham fraudado a Carta de Liberação.
 
Ele também rebate a acusação, feita por Rosa à CPI, de que impediu a entrada do oficial de Justiça no pátio. Segundo Gomes, Moshe não esclareceu a data em que foi ao local. “Se ele foi depois de 12 de abril de 2012, ele não entrou, porque o pátio estava descredenciado”, explica.

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