Nos encontros do grupo de deputados estaduais que debate a presidência da Assembleia e buscam uma alternativa à quarta recondução de Theodorico Ferraço (DEM) para o comando da Mesa Diretora é proibido falar em candidatura. O nome de consenso só deve sair no final de janeiro. Mas nos bastidores, os deputados vêm sendo abordados por alguns colegas, que deixam transparecer o interesse na cadeira.
Os deputados procurados são questionado se têm interesse na vaga. Se a resposta for negativa, o convite tem sido de ingressar no bloco e escolher um nome alternativo a Ferraço, dando a entender que o melhor perfil é o de quem está abordando os colegas.
O grupo tem hoje maioria na Casa e defende uma maior proteção dos deputados na articulação com o governo do Estado, o que não significa uma postura independente da Assembleia, apenas uma proteção de alguns deputados. O grupo acredita que o atual presidente Theodorico Ferraço tem atuado na proteção dos próprios interesses políticos e não da Assembleia.
Esse nome de consenso não seria nenhum dos colocados até o momento. A candidatura de Rodrigo Coelho (PDT) não atenderia a esse interesse dos deputados. A campanha de Dary Pagung (PRP) seria apenas uma movimentação visando uma vaga futura no Tribunal de Contas do Estado (TCES) e a de Gildevan Fernandes (PMDB) é desconsiderada pela sua defesa, por vezes desproporcional, do Palácio Anchieta, na função de líder do governo.
Entre os nomes que se consideram nos bastidores está o do deputado Marcelo Santos (PMDB), que não quer falar sobre o assunto no momento. Outro que não estaria interessado na conversa agora é o primeiro secretário da Mesa, Enivaldo dos Anjos (PSD).
Josias Da Vitória (PDT) estaria tentando se viabilizar, mas ele precisaria superar a lembrança do plenário de suas articulações na eleição da Mesa Diretora passada, quando foi demovido do projeto de candidatura alternativa após uma reunião no Palácio Anchieta.