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Secont abre processo contra empresa acusada de fraudar recolhimento de FGTS

A Secretaria de Estado de Controle e Transparência (Secont) instaurou um processo administrativo de responsabilização (PAR) para apurar uma denúncia de que uma empresa fornecedora de mão de obra do governo teria fraudado o recolhimento do FGTS de seus funcionários. De acordo com a Portaria nº 206-S, publicada nessa quinta-feira (22), a empresa teria entregue comprovantes falsos ou adulterados com o suposto intuito de demonstrar a regularidade nos pagamento.

No documento, o secretário de Transparência, Eugênio Coutinho Ricas, afirma que recebeu indícios de que a empresa Fanton Serviços Ltda teria sido responsável pela “fraude contratual”. A empresa fornecia trabalhadores para a Secretaria de Gestão e Recursos Humanos (Seger) desde o ano de 2010. Uma Comissão Processante, formada por três auditores do Estado, terá o prazo de 180 dias para conclusão dos trabalhos – que passarão a ter caráter sigiloso.

O titular da Secont determinou ainda a expedição de ofício à Delegacia da Receita Federal, solicitando informações acerca do faturamento bruto da empresa, excluídos os tributos, no exercício de 2015. Por conta das informações fiscais e “preservação da imagem dos envolvidos”, o secretário decretou o caráter sigiloso do processo.

A partir da publicação do PAR no Diário Oficial, os representantes legais da empresa terão o prazo de 30 dias para apresentarem defesa escrita. Caso seja condenada ao final do processo, a empresa pode ser multada no valor equivalente a até 20% do seu faturamento bruto do ano anterior e ter seu nome incluído numa lista de empresas inidôneas, além de ficarem sujeitas a processo penal.

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