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Em Paul, empresa muda projeto e quer manutenção de tanques no local

A polêmica em torno dos enormes tanques instalados no alto do Morro do Atalaia, em Paul, Vila Velha, pode voltar. O Terminal Portuário do Espírito Santo S.A. (TPES), empresa proprietária do complexo de tanques no local, apresentou ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) novo projeto para uso do terminal. Segundo a proposta, apresentada em reunião entre representantes da empresa e de Paul, mediada pelo Ministério Público Estadual (MPES), os cinco tanques que receberiam produtos inflamáveis devem armazenar água, soda cáustica e uréia.
 
Na reunião, ocorrida no início deste mês, moradores apresentaram documentos e estudos técnicos mostrando impactos que os novos produtos poderão causar. Eles destacaram que dois tanques de armazenamento de soda cáustica em operação liberam gases que incomodam os moradores. Os representantes de Paul também reclamam da desvalorização imobiliária que o complexo causou no local. 
 
Há pouco mais de três anos, a comunidade do Atalaia vive em estado de aflição com os tanques instalados no alto do morro, praticamente colados às residências. A ideia da Liquiport, empresa então responsável pelo terminal, era armazenar combustíveis dos 10 tanques fixados no local. Temendo desastres, os moradores reagiram. Em fevereiro de 2014, o Iema notificou para realizar a desmobilização dos tanques. 
 
Em julho, o prazo para a desmontagem expirou, mas a empresa não a realizou por completo. Ainda restam cinco estruturas, destinadas, agora, conforme o novo projeto, para armazenagem de soda cáustica, uréia e água.
 
Na reunião, a TPES informou que o Iema orientou a empresa a realizar novo processo de licenciamento do projeto. O MPES, então, apresentou uma proposta: que, associado ao licenciamento, seja realizado um Estado de Impacto de Vizinhança (EIV), não só em relação à área, mas de todo o entorno, para identificar danos reais e potenciais. 
 
O EIV pode conferir ordenamento e debate a um processo que, até aqui, deu-se de forma atropelada e arbitrária. Em nenhum momento os moradores foram ouvidos sobre o projeto de armazenamento de combustíveis a poucos metros de suas residências. Segundo o novo presidente do Movimento Comunitário de Paul, Geremias Wyatt, a ideia, agora, é ouvir a comunidade. “Os moradores estão receosos. Estamos conversando com eles para tentar marcar uma assembleia em fevereiro”, diz. 

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