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Banco do Brasil terá de responder questionamentos do Ministério Público do Trabalho

Representantes do Banco do Brasil participaram de uma mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, para debater a reestruturação anunciada pelo banco em 20 de novembro e que vem provocando questionamentos tanto dos trabalhadores quanto de clientes.

Os promotores demonstraram preocupação com o quadro levado pelos representantes das entidades de trabalhadores. Representantes da Confederação Brasileira dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) apontaram que está ocorrendo um desmonte da instituição. Os bancários querem a isonomia de direitos entre todas as categorias na estrutura do banco.

O exemplo dado foi o de executivos da instituição, que têm 12 salários garantidos através do pagamento de Verba de Caráter Pessoal (VCP). No entanto, os outros comissionados recebem apenas quatro salários, sendo que os caixas sequer têm direito a esse benefício.

Os representantes do Ministério Público do Trabalho concordaram com a crítica feita pelos trabalhadores e alertaram o banco para a necessidade de responder às questões dos trabalhadores.

O MPT deu prazo até o dia sete de fevereiro de 2017, data da próxima audiência entre representantes do banco e dos trabalhadores, para que leve à diretoria da instituição os questionamentos sobre a extensão da VCP para os caixas; pagamento da VCP para todos os afetados pelo prazo de doze meses; a criação de uma comissão com sindicatos para que seja acompanhado o processo de recolocação dos excedentes; e a incorporação da comissão para aqueles bancários com dez anos ou mais de exercício da função comissionada.

Desmonte

A reestruturação do Banco do Brasil pegou bancários e clientes de surpresa, já que não houve diálogo com os bancários e correntistas e pelo anúncio de que seriam fechadas agências e criados postos de atendimento em locais de outras agências.

A agência Moscoso, no Parque Moscoso, em Vitória, será fechada em 13 de janeiro de 2017 e os clientes transferidos para a agência Pio XII, no Centro; assim como a agência Rio Branco, também em Vitória, que terá carteira de clientes transferida para a agência Praia do Canto. Nos dois casos, uma parte dos clientes também será transferida para agências digitais.

Em entrevista a Século Diário, a diretora do Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES), Goretti Barone, disse que as duas agências são rentáveis e questionou  os critérios adotados para definir que agências seriam fechadas e quais virariam postos de atendimento.

Na agência Moscoso, segundo Goretti, o volume de negócios é intenso e a unidade atende a uma parcela da população que terá de se deslocar até a Pio XII, que também está esvaziando. A agência perdeu dois bancários com a reestruturação. Além disso, a agência Pio XII está em local difícil para estacionamento e para pessoas com dificuldades de locomoção.

A unidade do Parque Moscoso também atende a uma população de renda mais baixa, que fatalmente terá dificuldade em acessar a agência digital, caso a transferência seja feita para esta plataforma. Não houve consulta a usuários sobre essa transferência, que foi feita a toque de caixa e sem transparência. Para Goretti, foi um desrespeito com os clientes e bancários.

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