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Exposição Os Mamíferos e a Contracultura continua no Arquivo Público

Letras provocativas e poéticas, um visual ousado e irreverente e uma base sonora ampla marcaram a trajetória da banda Os Mamíferos, que nas décadas de 1960 e 1970 inseriu o Espírito Santo no mapa da música autoral brasileira. As histórias que envolvem o grupo são retratadas na exposição Os Mamíferos e a Contracultura – uma viagem pela cena musical do Espírito Santo nos anos 60 e 70. A Mostra foi lançada na sede do Arquivo Público do Estado (APEES), no início do mês. As visitações são gratuitas.

A formação original do grupo era composta por Afonso Abreu, Mário Ruy e Marco Antônio Grijó em um trio de violão, baixo acústico e bateria, ainda sob a égide bossa-novista. Nas criações de Os Mamíferos, blues, rock, jazz, boleros misturavam-se com vigor decibélico capaz de abalar as estruturas de Vitória.

Dois anos depois, passa a fazer parte da banda o vocalista Aprígio Lyrio e o letrista Sérgio Régis, que agregaram à música ecos do surrealismo e da Beat Generation.

O contexto da época, no qual uma série de acontecimentos agitava o mundo, dentre eles o assassinato de Martin Luther King, a Guerra do Vietnã e a ditadura civil-militar no Brasil, aumentou a vontade de contestação dos integrantes.

Porém, o reconhecimento da crítica viria somente em 1970, com a vitória da música Agite antes de Usar e de Aprígio como melhor intérprete no III Festival Capixaba de Música Popular Brasileira, que ocorreu no Ginásio do Sesc.

São nestas e em outras memórias que o público poderá adentrar na Exposição Os Mamíferos e a Contracultura. O material da Mostra pertence ao acervo da extinta Fundação Cultural e do Departamento Estadual de Cultura.

Serviço

A exposição Os Mamíferos e a Contracultura – uma viagem pela cena musical do Espírito Santo nos anos 60 e 70 segue aberta na sede do Arquivo Público do Estado – rua Sete de Setembro, 414, Centro de Vitória. As visitações podem ser feitas até fevereiro de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h30. A entrada é livre.

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