Na última segunda-feira (2) entrou em vigor o novo sistema que estabelece o início do horário de comércio às 5h e término às 16h, o que prejudica comerciantes, feirantes e o consumidor final, que muitas vezes chegam antes desse horário à Ceasa.
O protesto dos trabalhadores deu resultado. Depois da pressão de produtores, comerciantes e carregadores, os horários de comércio nas sextas-feiras e sábados voltaram ao antigo sistema e podem ser iniciados antes das 5 horas. Além disso, a presidência da Ceasa chamou os usuários insatisfeitos e as associações representativas das categorias que atuam no local para uma reunião nesta sexta-feira (5) às 9 horas para discutir as mudanças nos horários.
Com o novo sistema que entrou em vigor, o tempo que os produtores têm de estacionar o caminhão e expor os produtos foi reduzido e eles não têm tempo para organizar o mercado.
Para os compradores, a medida também se mostrou prejudicial, já que após o mercado, principalmente aqueles que voltam para municípios da Grande Vitória, pegam o horário de pico de trânsito da manhã, o que atrasa a chegada do produto para o consumidor final. Os feirantes que adquirem os produtos na Ceasa, por exemplo, perdem os lugares nas feiras livres pelo atraso na compra dos produtos somado ao trânsito que têm de enfrentar para chegarem às feiras.
O presidente da Associação dos Produtores Rurais e Trabalhadores da Ceasa no Estado, Amaíde Motta, conta que a presidência da Ceasa fez, sim, reunião com as associações representativas das categorias que atuam na Ceasa de Cariacica. No entanto, essas associações foram contra a mudança do horário do comércio.
Ainda assim, de acordo com Motta, em uma decisão da presidência, da diretoria executiva, da técnica e da financeira, o horário foi mudado, prejudicando produtores, comerciantes e o consumidor final.
