O convênio será de R$ 3,8 milhões para reforma e ampliação do hospital. Além de São Mateus, a maternidade é referência em atendimento de risco para os municípios de Conceição da Barra, Pedro Canário, Jaguaré, Ponto Belo, Mucurici e em breve passará a ser também referência dos municípios de Pinheiros e Montanha.
Na recomendação do MPF, o órgão ministerial apontou que entre janeiro e agosto de 2016, a média mensal foi de 346 internações na unidade. No entanto, o plano operativo anual do hospital prevê um volume máximo de 270 internações por mês, o que desobrigaria o Estado a custear em média 76 internações mensais, que deveriam ser custeadas pelo hospital-maternidade. Como a unidade já estava endividada, não conseguiria arcar com todos os custos, o que poderia acarretar na recusa de atendimentos ou até no fechamento do hospital.
A outra unidade é referência em partos de alto risco na região é o Hospital São José, em Colatina, no noroeste do Estado, distante 158 km do Hospital-Maternidade São Mateus. A distância para os demais municípios da região, aliado ao alarmante déficit de eficiência no transporte de pacientes no norte, obriga o Hospital-Maternidade de São Mateus a receber demandas de partos e internações de alto risco, cujos custos não são cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Somente entre janeiro e maio de 2016, o hospital arcou com o custo de 33 partos de alto risco de municípios da região norte do Estado e do sul da Bahia que deveriam ter sido custeados pelo SUS.