Não são o Aedes aegypti e sim os pernilongos comuns que vêm da mata. A suspeita é que seja exatamente a espécie que transmite a febre amarela silvícola e que está contaminando os macacos barbados mortos nos últimos dias em outras regiões do Estado.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), foram registradas mortes de macacos em Colatina (11), Governador Lindemberg (04), Ibatiba (10), Irupi (08), Baixo Guandu (04) e Pancas (17). O material coletado será analisado no Instituto Evandro Chagas, no Pará, e o resultado deve sair em 20 dias.
Segundo Dalva Ringuier, diretora-executiva do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Região do Caparaó, os prefeitos estão se articulando para solicitar à Sesa o envio de vacinas à região, para que as imunizações sejam feitas no local.
A Sesa, no entanto, afirma que não há motivo para alarde e que há 50 anos não há registros de febre amarela no Estado, nem em animais nem em humanos e que a causa da morte dos macacos ainda não foi confirmada.
A recomendação do Ministério da Saúde é de que as pessoas se vacinem antes de viajar para regiões de risco, como a Amazônia. Minas Gerais também tem registrado casos recentes de óbitos humanos devido à doença. O número total já chega a 30 e o de suspeitos, a 110.