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Procuradoria de Justiça vai apurar suspeita contra prefeito reeleito de Iconha

O prefeito reeleito de Iconha (região sul), João Paganini (PDT), vai ser investigado por insinuar em uma gravação que os vereadores deveriam “guardar metade do dinheiro que ganharam na prefeitura para comprar muito voto”. A promotoria local chegou a iniciar uma apuração, mas o caso foi encaminhado para Procuradoria de Justiça, órgão de segundo grau do Ministério Público Federal (MPF). O pedetista também é alvo de investigações na Justiça Eleitoral e corre o risco de perder o mandato.

Na Portaria nº 209, publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (16), a promotora de Justiça, Ana Lúcia Ivanesciuc de Vallim Braga Hipólito, destacou a existência de foro especial pelo chefe do Executivo. “Cinge-se que tal expressão, apesar de agressiva aos princípios de honestidade e probidade eleitoral, em juízo sumário não configuram ilícitos dessa monta, tais como abuso de poder econômico, político e captação ilícita de sufrágio, mas talvez crime por parte do agente público”, considerou.

No mesmo procedimento (2016.0028.6808-38), João Paganini era investigado por outras duas suspeitas: a primeira sobre o eventual uso da máquina da prefeitura para garantir sua reeleição, fato que é alvo de uma ação de investigação na Justiça Eleitoral do município; e outro vídeo onde aparece fazendo propaganda política no horário de trabalho. Neste último ponto, a promotora não viu irregularidade pelo fato da legislação entender que os agentes políticos – caso do prefeito – não se sujeita a horário fixo de expediente ou cumprimento de carga horária.

No último pleito de outubro, João Paganini foi reeleito com 4.591 votos (49,56% dos votos válidos). Ele derrotou os candidatos Gedson (PMDB), que teve 3.655 votos (39,45%) e Marquinhos da Padaria (PSB), com 1.018 votos (10,99%). O pedetista ainda é investigado por suspeita de abuso do poder político e econômico. No processo (0000206-19.2016.6.08.0035), o Ministério Público Eleitoral (MPE) pede a declaração de inelegibilidade da chapa vencedora. Caso a ação seja julgada procedente, ele e o vice poderão ser cassados do cargo.

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