Durante o ato público, os profissionais de saúde farão aferição de pressão gratuita para a população. Os servidores denunciam que o governo anuncia falsa promessa de humanizar o novo São Lucas, com a abertura do pronto-socorro do Heue. No entanto, apesar de haver uma nova estrutura física, os corredores voltaram a ficar lotados e o atendimento precarizado, feito por terceirizados.
Quando o governo inaugurou o Heue, em dezembro de 2016 – chamado de novo São Lucas, por funcionar no mesmo local em que funcionara o São Lucas – os servidores permaneceram na estrutura provisória em que o hospital funcionou no Hospital da Polícia Militar (HPM) por oito anos.
Os profissionais experientes foram substituídos por contratados pela organização social, em uma unidade que é referência em trauma.
Na última semana, os servidores do São Lucas divulgaram um manifesto denunciando que o hospital foi desmantelado paulatinamente diante de toda a sociedade.
Os servidores também apontam, no documento, que foram segregados por anos em um espaço insalubre, convivendo diariamente com corredores lotados, e em condições de trabalho e atendimento subumanas, com a presença constante de insetos e roedores.
No momento em que o governo entregou o novo São Lucas, a ideia dos servidores era que o governo entregaria o hospital de volta à sociedade, mas a administração foi entregue à organização social Pró-Saúde e o corpo funcional é inteiramente terceirizado.
Como se não bastasse entregar o novo São Lucas, agora chamado Heue, para uma organização social, o governo anunciou que vai reformar o Hospital Infantil de Vitória e, enquanto acontece a reforma, vai abrigar a unidade na estrutura do HPM em que funcionou o São Lucas. O manifesto aponta que, assim como o São Lucas, o Infantil também deve ser entregue para gestão privatizada.
Os servidores do antigo São Lucas pedem que o governo honre a palavra e devolva para a sociedade e aos profissionais o prédio reformado e que não fuja à responsabilidade de administrar a unidade como um hospital estadual, em detrimento de entregar a organizações sociais.