As matérias foram aprovadas sem discussão com a sociedade e com os servidores. A pretexto de economia de despesas foi reduzido o percentual de insalubridade dos servidores da área de saúde e foram feitos cortes de escalas de horas extras.
Com a mudança aprovada pelos vereadores, a insalubridade de 20% para os servidores do município não será mais calculada a partir do salário base como referência, mas sim pelo menor salário da prefeitura, que é de R$ 950.
Na matéria, os médicos expuseram que os cortes salariais, nas gratificações e insalubridade do servidor que chegam a representar, no caso do médico, uma perda de R$ 1,2 mil mensais e, no caso dos enfermeiros, uma perda superior a 50% de seus vencimentos.
Os médicos decidiram entrar na luta contra o projeto junto com os demais sindicatos de servidores da saúde do município da Serra. Além disso, profissionais da saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBS) farão dias de paralisação em rodízio, sendo a cada dia de uma categoria profissional.
Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), os médicos continuarão com a Operação Padrão, atendendo conforme preconizam o Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina no Estado (CRM-ES). Os profissionais apontam que não irão ceder à pressão de gestores que assediam moralmente os profissionais, pedindo favores ao médico em busca de resolutividade e atendimento rápido aos pacientes.
Também serão realizadas blitze nos locais de trabalho, para denúncias de irregularidades, além de manifestações em pontos estratégicos, em datas ainda a serem definidas.