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Em 48 horas, DML recebe mais de 50 corpos de vítimas de homicídio

A ausência de policiamento na Grande Vitória e municípios do Espírito Santo provocada pela manifestação dos familiares e amigos de policiais militares, que bloqueiam a saída dos batalhões desde a última sexta-feira (3), também provocou a explosão nos casos de homicídios, o que vai alterar as estatísticas de mortes violentas no Estado, que vinham registrando quedas anualmente.

De acordo com informações do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES), desde sábado (4) deram entrada 51 corpos no Departamento Médico Legal, de vítimas de mortes violentas. Na sábado foram oito corpos, no domingo (5), 16 e nesta segunda-feira (6) já foram 27 corpos, somente até o início da tarde.

O DML, localizado em Vitória, não atende a todo o Estado. Em municípios da região norte e noroeste, o atendimento é feito no Serviço Médico Legal (SML), ou seja, o número de homicídios no fim de semana sem policiamento pode ser ainda maior.

Além disso, o DML não tem capacidade de processar todos esses corpos que têm chegado no departamento. Em janeiro, a média foi de três homicídios por fim de semana.

O departamento não tem gavetas o suficiente para atender à demanda deste fim de semana, nem pessoal – o quadro é de pouco mais de 2 mil policiais civis ativos – para fazer esse processamento.

A entidade orienta também que os policiais civis não arrisquem a vida nem aceitem desvios de função. O Sindipol pede que os policiais civis formalizem as justificativas ao superior, dizendo as razões e motivos de força maior que impedem o exercício da atividade policial com o mínimo de segurança.

O sindicato percebeu um aumento significativo nos casos de crimes patrimoniais e homicídios em todo o Estado, por isso reforça a necessidade de cautela no desempenho das atribuições. 

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