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Com corpos espalhados pelo chão, DML é fechado até que governo apresente solução para superlotação

Com 58 corpos de vítimas de homicídio aguardando processamento, o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória foi fechado na tarde desta segunda-feira (6) por não ter mais condições de receber corpos, que se acumulam pelo chão do DML. O atendimento só volta a ser feito, segundo policiais civis, quando houver a saída dos corpos após o processamento ou quando o governo providenciar um caminhão-frigorífico para guardar os corpos.

O número de 58 corpos de vítimas de mortes violentas é resultado somente em decorrência das mortes violentas entre sábado (4) e a tarde desta segunda-feira.

Em virtude da situação de total insegurança, que escalonou entre sábado e esta segunda-feira, por conta da impossibilidade de viaturas deixarem os batalhões para fazerem o policiamento ostensivo, os policiais civis convocaram uma assembleia geral extraordinária para esta quinta-feira (9).

Na assembleia, os policiais civis vão discutir a atuação da categoria frente ao movimento dos familiares e amigos dos militares; a segurança dos policiais civis; incorporação da escala especial; recomposição salarial; nível superior dos agentes; abertura do Hospital da Polícia Militar (HPM) para policiais civis; e reforma da Previdência.

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES) aponta que o DML não tem efetivo – o quadro é de pouco mais de 2 mil policiais civis ativos – nem gavetas para fazer esse processamento.

A entidade orienta que os policiais civis não arrisquem a vida nem aceitem desvios de função. O Sindipol pede que os policiais civis formalizem as justificativas ao superior, dizendo as razões e motivos de força maior que impedem o exercício da atividade policial com o mínimo de segurança.

O sindicato percebeu um aumento significativo nos casos de crimes patrimoniais e homicídios em todo o Estado, por isso reforça a necessidade de cautela no desempenho das atribuições.

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