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Inspetores penitenciários suspendem escoltas de internos e visitas em unidades prisionais

O Sindicato dos Inspetores do Sistema Penitenciário do Estado (Sindaspes) oficiou nesta segunda-feira (6) a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Justiça do Estado (TJES) e a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) da decisão de suspender as escoltas de detentos para fóruns a partir desta data e também visitas de qualquer natureza, a partir desta terça-feira (7), até que a ordem pública seja totalmente restabelecida, com o retorno dos policiais militares às suas atividades ostensivas.

A medida foi decidida em reunião da diretoria do sindicato na manhã desta segunda-feira, visando minimizar os riscos já inerentes à profissão, no momento potencializado pela atual conjuntura, e resguardar a vida dos inspetores, bem como da sociedade e dos presos, evitando fugas, resgates de internos e até execuções durante esses deslocamentos, uma vez que a Polícia Militar está aquartelada e impedida por seus famliares de deixar os batalhões.

Além disso, durante as atividades internas dos presídios, entre elas a revista das visitas, íntima ou social, em que são detectados casos de familiares tentando entrar com drogas ou celulares na unidade prisional é necessário que a situação seja comunicada à PM, via Ciodes, para que os militares façam a condução dos suspeitos. Portanto, sem a presença dos policiais, tal procedimento não tem como ser legalmente realizado, por exemplo.

A diretoria do Sindaspes se reuniu com alguns deputados e representantes das demais entidades de classe da segurança pública do Estado para debater a situação local, que ganhou visibilidade internacional.

“Não permitiremos que os inspetores coloquem suas vidas em risco durante as atividades que requerem algum tipo de apoio militar. A situação caótica que vem assolando o Estado há dois dias fez com que diversos órgãos públicos e privados suspendessem suas atividades para resguardar a integridade física de seus servidores e funcionários, o mesmo estamos fazendo para garantir que a situação não piore ainda mais. A medida não diverge das decisões tomadas por outras entidades da segurança pública”, afirmou o presidente do Sindaspes, Sóstenes Araújo.

Desde a noite de sexta-feira (3), mulheres, familiares e amigos de PMs ocupam os acessos aos batalhões de norte a sul do Estado, impedindo a saída de viaturas, como forma de reivindicar melhorias salariais e de condições de trabalho. Sem os militares nas ruas, mais de 50 homicídios foram registrados, com bandidos andando fortemente armados pelas ruas, praticando assaltos, arrastões, furtos e levando pânico à população.

O Sindaspes reforça o apoio à causa dos militares, que atinge a todos os servidores públicos do Espírito Santo.

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