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Sobe para 75 o número de vítimas de homicídio desde o último sábado

Os familiares de vítimas de mortes violentas têm enfrentado dificuldade na liberação dos corpos no Departamento Médico Legal (DML), que não tem estrutura para processar o número elevado de vítimas de homicídios que deram entrada no órgão desde a madrugada de sábado (4). De acordo com o Sindicato dos  Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES), foram 75 mortes violentas de sábado até esta terça-feira (7).

O DML tem apenas dois médicos legistas e quatro auxiliares de perícia por turno para fazer o processamento de todos os corpos. Diante da total impossibilidade de fazer esse processamento, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) abriu oito vagas no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do Hospital São Lucas e outros cinco no Hospital Jayme Santos Neves.

O departamento tem apenas 36 geladeiras para armazenar os corpos, por isso, muitos deles têm ficado espalhados pelo chão enquanto aguardam processamento.

Os familiares destas vítimas também ficam esperando por horas para fazerem o reconhecimento e aguardando a liberação, pelo número reduzido de efetivo policial e meios para que os profissionais trabalhem.

Assembleia

Em virtude da situação de total insegurança, que escalonou entre sábado e essa segunda-feira, por conta da impossibilidade de viaturas deixarem os batalhões para fazerem o policiamento ostensivo, os policiais civis convocaram uma assembleia geral extraordinária para esta quinta-feira (9).

Na assembleia, os policiais civis vão discutir a atuação da categoria frente ao movimento dos familiares e amigos dos militares; a segurança dos policiais civis; incorporação da escala especial; recomposição salarial; nível superior dos agentes; abertura do Hospital da Polícia Militar (HPM) para policiais civis; e reforma da Previdência.

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES) aponta que o DML não tem efetivo – o quadro é de pouco mais de dois mil policiais civis ativos – nem gavetas para fazer esse processamento.

A entidade orienta que os policiais civis não arrisquem a vida nem aceitem desvios de função. O Sindipol pede que os policiais civis formalizem as justificativas ao superior, dizendo as razões e motivos de força maior que impedem o exercício da atividade policial com o mínimo de segurança.

O sindicato percebeu um aumento significativo nos casos de crimes patrimoniais e homicídios em todo o Estado, por isso, reforça a necessidade de cautela no desempenho das atribuições.

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