Barão foi alvejado por dois tiros na cabeça, vindos do lado do carona do veículo que ele conduzia. Como não havia marcas de bala no veículo, e pela trajetória dos projeteis, a Polícia Civil estuda a possibilidade de que o atirador estivesse dentro do carro.
Além da morte do rodoviário, os motoristas e cobradores das linhas que atendem à Grande Vitória passaram a ser ameaçados nas ruas, o que levou o Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sindirodoviários-ES) a recolher os ônibus, paralisando o atendimento.
Com a paralisação das atividades da Polícia Militar, que tem a saída dos batalhões impedida por uma manifestação de familiares, nesta quinta-feira a contagem de mortos que dão entrada no Departamento Médico Legal (DML) já chega a 103.
O DML tem apenas dois médicos legistas e quatro auxiliares de perícia por turno para fazer o processamento de todos os corpos. Diante da total impossibilidade de fazer esse processamento, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) abriu oito vagas no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do Hospital São Lucas e outros cinco no Hospital Jayme Santos Neves.
O departamento tem apenas 36 geladeiras para armazenar os corpos, por isso, muitos deles têm ficado espalhados pelo chão enquanto aguardam processamento.
Os familiares destas vítimas também ficam esperando por horas para fazerem o reconhecimento e aguardando a liberação, pelo número reduzido de efetivo policial e meios para que os profissionais trabalhem.
Na tarde desta quinta-feira, os policiais civis se reúnem em assembleia convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES). Na assembleia, os policiais civis vão discutir a atuação da categoria frente ao movimento dos familiares e amigos dos militares; a segurança dos policiais civis; incorporação da escala especial; recomposição salarial; nível superior dos agentes; abertura do Hospital da Polícia Militar (HPM) para policiais civis; e reforma da Previdência.