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Ato público no Centro de Vitória expressa luto pelas vítimas da violência no Estado

Entidades do movimento social organizam na tarde deste domingo (12) um ato público em defesa da vida e em luto pelas vítimas da crise na segurança, que já perdura desde o dia 4 de fevereiro. O ato será realizado à 16 horas na Praça João Clímaco, em frente ao Palácio Anchieta, no Centro de Vitória.

Na atividade, os participantes fincarão cruzes no gramado da praça, simbolizando as dezenas de assassinatos ocorridos desde o início da crise. De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sindipol-ES), são 142 homicídios ocorridos entre 4 de fevereiro e este domingo.

Com faixas e cartazes nas mãos, representantes de entidades de direitos humanos, pessoas, grupos, instituições e vários movimentos sociais denunciarão o descaso e omissão do governador do Estado, Paulo Hartung (PMDB), com o assassinato de mais de 140 pessoas e todo o caos social, que já ultrapassa uma semana.

A crise de segurança pública tem aprofundado de forma brutal a política de extermínio da juventude negra capixaba em curso há muitos anos. Por isso, o ato público vai pedir o fim da omissão do governo com relação a essas mortes.

De acordo com a conselheira do Movimento Nacional dos Direitos Humanos (MNDH), Galdene Santos, desde a última semana têm sido feitas reuniões na Universidade Federal do Estado (Ufes) com o objetivo de identificar as vítimas e as famílias.

Ela salienta a intransigência e a falta de diálogo do governo com os familiares de policiais que bloqueiam a saída dos batalhões desde o dia 4 de fevereiro. Outra grande decepção foi a falta de inclusão de entidades do movimento social nas negociações.

Galdene aponta que a Igreja Católica insistiu e conseguiu entrar nessa mesa de negociação, mas o governo chamou apenas a seccional capixaba da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) e o Espírito Santo em Ação, ONG formada por empresários. Nem mesmo o Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH) foi chamado para participar.

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