Durante as eleições, o prefeito Max Filho (PSDB) acenou para a implantação de um projeto municipal de compartilhamento de bicicletas nos moldes do Bike Vitória, projeto da capital capixaba. O primeiro passo foi dado na última quarta-feira (22), quando a Câmara de Vila Velha aprovou projeto que institui a implantação do “Sistema de Compartilhamento de Aluguel de Bicicletas Públicas”, denominado Bike Vila Velha. A autoria é do vereador Bruno Lorenzutti (PTN). O projeto segue para sanção do prefeito.
O Bike Vila Velha é um sistema de compartilhamento de aluguel de bicicletas através de estações de bicicletas em diversos pontos da cidade, preferencialmente em locais próximos a ciclovias, ciclofaixas, terminais rodoviários, parques municipais, shoppings centers, órgãos públicos e locais de interesse público. O serviço deverá passar por processo licitatório para a realização de contrato, concessão ou parceria com a iniciativa privada.
No entanto, nem só de projetos de compartilhamento de bicicletas vive uma cidade. Em Vitória, o Bike Vitória caiu no gosto dos moradores, mas é um projeto praticamente restrito à orla, que dispõe de estrutura cicloviária mais consistente em relação ao resto da cidade.
Em Vila Velha, durante as eleições, o grupo canela-verde de ciclistas Turma do Pedal elaborou propostas aos candidatos a prefeito da cidade cobrando a implantação de um anel cicloviário na cidade, ligando os bairros de Terra Vermelha, Praia da Costa, Cobilândia e Paul. Destes pontos, segundo a proposta, sairiam as ligações radiais para os demais bairros. O projeto integrou a campanha Bicicleta nas Eleições, da União de Ciclistas do Brasil (UCB).
O caderno de propostas também cobrou uma ciclovia dentro do bairro Coqueiral de Itaparica. A partir da orla, apenas os bairros Itapoã e Praia da Costa têm ciclovias partindo a partir da orla. Em Itapõa, a faixa atravessa a Rua Jair de Andrade; na Praia da Costa, atravessa a Avenida Champagnat.
Vila Velha conta com longas ciclovias e ciclofaixas, como as que cortam as praias da Costa, Itapoã e Itaparica, as avenidas Carlos Lindemberg e Champagnat. O problema é que as vias são desconectadas entre si e sofrem com a sinalização precária, o que sempre coloca em risco a segurança de quem escolhe a bicicleta para se deslocar pela cidade.