De acordo com informações do MPF, os crimes consistiram na colocação de veículos em nome de terceiros, na utilização de empresa para movimentar dinheiro e fazer pagamentos da Telexfree e na aquisição da Voxbras com recursos da atividade criminosa – suspensa desde junho de 2013 por decisão da Justiça do Acre, que também bloqueou aproximadamente R$ 600 milhões das contas bancárias da Ympactus Comercial (razão social da Telexfree).
Os crimes de lavagem de dinheiro foram realizados de três formas. A primeira delas consistiu na compra de quatro veículos – uma BMW, um Toyota Corolla, uma Hilux e um Toyota Prius – por parte dos sócios e na colocação desses carros em nome de terceiros.
Além disso, descumprindo a decisão judicial de suspensão das atividades no país, os denunciados permitiram o ingresso de residentes no Brasil por meio de cadastro feito diretamente na Telexfree internacional e providenciaram meios paralelos de movimentar valores e manter as atividades ilegais da empresa. O dinheiro movimentado com a compra de créditos/dólares no sistema da Telexfree era utilizado para pagamentos de diversas despesas da empresa, inclusive do salário de funcionários.
De acordo com as investigações, também houve lavagem de dinheiro na aquisição da empresa Simternet Tecnologia da Informação, cujo nome fantasia é Voxbras. O dinheiro para a compra da Voxbras foi proveniente da atividade desenvolvida pela Telexfree, bem como ela foi utilizada para transferências monetárias entre os sócios, logo quando souberam do bloqueio das contas bancárias determinado pela Justiça do Acre, sendo forjado, inclusive, um contrato ideologicamente falso entre os denunciados para justificar os repasses.
Foram denunciados: