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Um só

A atuação do deputado Sérgio Majeski (PSDB) na sessão dessa segunda-feira (6) na Assembleia Legislativa foi uma aula para a classe política capixaba. Com regimento da Casa embaixo do braço, o deputado fez uma movimentação que se imaginava impossível no Legislativo Estadual e tão comum no Congresso Nacional. Por meio da obstrução, ele frustrou o planos do governo de aprovar a toque de caixa o projeto do Programa de Parcelamento de Débitos Fiscais (Refis).

De quebra, o deputado chamou atenção sobre a votação sem discussão dos vetos do governo do Estado. Com a estratégia de discutir e justificar os votos em todos as votações, acabou atraindo aliados pontuais, ao defender os projetos dos colegas. Majeski saiu de sua área de atuação, a educação, para, uma vez assumida a postura de oposição, se transformar em um pesadelo para o Executivo.

Mas o fracasso do governo em suas movimentações na Assembleia não se deve apenas ao mérito de Majeski, que se mostrou oposição qualificada. Foi também demérito do Palácio Anchieta, que pecou pelo excesso de confiança. O governador Paulo Hartung (PMDB) sempre teve tanta certeza da subserviência da Assembleia e da deficiência de um ou outro deputado descontente, que não se preocupou em preparar o campo para um debate com os parlamentares.

A máxima do “escreve qualquer coisa aí, que não tem problema, os deputados vão votar do jeito que o governo quiser”, parece não fazer efeito mais. Foi preciso apenas um deputado para tirar a base do prumo e chamar atenção do plenário, que sim, é possível colocar o pé na porta e se impor como um Poder de fato. Desesperado, o líder do governo, Gildevan Fernandes (PMDB), protagonizou uma cena lamentável ao atropelar o deputado de oposição, que estava simplesmente fazendo o trabalho dele.

Agora com a formação de uma frente parlamentar com Majeski, Theodorico Ferraço (DEM) e os deputados do PSB, Bruno Lamas e Freitas, o sinal de alerta foi disparado no Palácio Anchieta. Se o tucano sozinho coseguiu irritar tanto o governo, ao lado de Ferraço a dor de cabeça é certa. É claro que os interesses aí são diferentes, mas os fins justificam os meios e o grupo promete fazer muito barulho.

Fragmentos:

1 – Os candidatos aprovados no concurso da Guarda Municipal de Vila Velha estiveram na Câmara de Vereadores do município nesta segunda-feira (6). O prefeito Max Filho também esteve no legislativo municipal e recebeu as demandas. Sinalizou positivamente para a contratação.

2 – Além de um cronograma para a realização do curso de formação para 100 agentes que será divulgado em breve. O concurso que tem término previsto para 30 junho próximo será prorrogado por mais um ano.

3 – Também na sessão dessa segunda-feira (6), o presidente do Legislativo, vereador Ivan Carlini (DEM) devolveu ao prefeito o valor de R$ 544 mil aos cofres públicos, recurso conseguido com a economia do ano passado no Poder.

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