O autoritarismo do governo é tamanho que a proposta de extinção do Iema, elaborada a partir da Secretaria de Estado de Governo (SEG) para envio à Assembleia Legislativa, sequer foi compartilhada com os servidores, apesar das inúmeras solicitações.
“Como garantir mais agilidade sem ampliar a estrutura e ainda centralizando as decisões?”, indaga Felipe Santos, membro da Associação dos Servidores do Iema (Assiema) e da Comissão, argumentando que a centralização das decisões dentro da Seama vai, ao contrário, tornar tudo mais lento, além de reduzir o caráter técnico e tornar as decisões mais vulneráveis aos interesses políticos, contrários às necessidades da população.
“Hoje os servidores do Iema estão resguardados de interferências políticas externas e pelo rigor da lei. 90% deles é concursado e efetivo. Na Seama, a qualquer momento, servidores que criarem empecilhos contra a vontade política do secretário ou do governador podem ser ameaçados, deslocados ou terem o processo retirado e enviado para outro colega”, explica Felipe.
Entre as denúncias constantes no requerimento de diálogo, estão a ausência de um diretor-técnico do Iema, visto que o anterior pediu contas em janeiro e até agora não foi feito nenhum movimento na direção de substitui-lo. E também o acúmulo de função, segundo os servidores irregular, da subscretária da Seama, Fernanda Rabello, que responde também pela diretoria administrativa e financeira do Iema.