O relatório intitulado “Brazilian water and sewage sector – It´s a revolution coming?” (na tradução livre, “Saneamento Básico no Brasil – Uma revolução se aproxima?”) mira a janela de oportunidades com a privatização de várias companhias estaduais, muito em decorrência da crise financeira enfrentada pelos estados.
A análise leva em consideração o fato de 18 estados terem se inscrito no programa federal de privatizações, sendo que oito estão em fase avançada: Caema (Maranhão), Caerd (Rondônia), Caesa (Amapá), Casal (Alagoas), Cedae (Rio de Janeiro), Compesa (Pernambuco), Consapa (Pará) e Deso (Sergipe).
No caso da Cesan, o relatório do BTG destaca a “alavancagem relativamente baixa” e alto valor de ativos fixos, o que renderia até R$ 3 bilhões em uma privatização. A projeção considera as PPPs da Serra e Vila Velha, cujos acordos vão até os anos de 2043 e 2055, respectivamente. Esse modelo já é considerado como um processo de privatização, muito embora a Cesan opere também em outros 50 dos 78 municípios capixabas. Hoje, a companhia cobre 82% dos serviços de água e 47% do tratamento de esgoto no Espírito Santo.
O documento também cita as principais empresas que atuam no setor privado: a AEGEA Saneamento e Participações S/A que venceu a licitação para concessão em Vila Velha e a Odebrecht Ambiental, responsável há mais de uma década pelos serviços de água e esgoto em Cachoeiro de Itapemirim, na região sul.