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Prefeitura de Aracruz fez ???licitação secreta??? para contratar empresa de lixo

As polêmicas por trás da contratação da nova empresa de lixo em Aracruz, na região norte litoral, não param de repercutir. O acordo com a empresa SA Serviços de Limpeza e Soluções Ambientais Eireli ME foi precedido de uma inusitada “licitação informal e secreta”. A gestão Jones Cavaglieri (SD) fez uma cotação de preços com cinco empresas do setor com suposto potencial para execução dos serviços. Em nota publicada em seu site, a Prefeitura afirmou que as empresas eram de renome nacional, porém, a maioria das participantes é de pequenas cidades do interior capixaba.

A reportagem de Século Diário teve acesso à cópia da ata da sessão de abertura da cotação de preços, realizada no dia 3 de fevereiro na sede da Secretaria municipal de Transportes e Serviços Urbanos. Chama atenção que até aquela data não havia qualquer tipo de comunicação oficial sobre a saída da então contratada, a Corpus Saneamento e Obras Ltda, que explorava os serviços. O termo de rescisão unilateral do contrato foi publicado no último dia 2 – muito embora conste que o rompimento ocorreu no dia 26 de janeiro, na semana anterior à sessão da licitação secreta.

Entre as empresas participantes do certame estão: a vencedora SA Serviços de Limpeza, que é sediada em Vila Velha; a Ampara Norte Serviços Ltda, de Sooretama; a RT Empreendimentos e Serviços Ltda, de São Gabriel da Palha; e a Jaguarense Transporte e Terraplanagem Ltda EPP, de Jaguaré. Já a empresa Ecotech Soluções Ambientais Ltda declinou de participar da cotação de preços. De todas as propostas recolhidas, a SA Serviços apresentou o menor valor (R$ 2.49 milhões), sendo que a maior foi da firma de Jaguaré (R$ 3,08 milhões).

A prefeitura alegou que o valor da proposta vencedora – mesmo sendo R$ 800 mil a mais do que era pago a Corpus por mês – foi 18,9% abaixo do valor estimado nos estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no ano de 2016. Em mensagem publicada no site da prefeitura, Jones explicou que a mudança se deu pela busca de “legalidade, necessidade e a expectativa de um serviço eficiente”. O prefeito garantiu ainda que o governo realizará um procedimento licitatório antes mesmo do término do contrato emergencial em 180 dias.

Em relação à rescisão do acordo com a Corpus, a prefeitura informou que a empresa “não estava cumprindo algumas exigências do contrato e após notificações não demonstrou interesse em regularizar a situação”. Entre as irregularidades apontadas estão: a utilização de equipamentos acima de cinco anos de uso, ausência de oficina mecânica própria, falta de itens para manutenção dos veículos, número de varredores inferior ao previsto e uso de banheiros químicos quando deveriam ser de alvenaria.

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