A polêmica sobre a mudança da liderança do PDT na Assembleia Legislativa continua ecoando nos bastidores do Legislativo e tem repercussão no Palácio Anchieta. Os comentários nos corredores da Casa são de que a pressão do governador Paulo Hartung (PMDB) tem recaído sobre o presidente do partido no Estado, o deputado estadual Sérgio Vidigal.
Na semana passada, o líder do partido na Assembleia, deputado Euclério Sampaio passou a liderança do PDT para o deputado Josias da Vitória, que tem adotado um discurso de oposição ao Palácio Anchieta. Essa movimentação, que antes parecia corriqueira na Casa, causou um grande mal-estar no Palácio Anchieta e a questão deve ser levada para discussão dentro do PDT estadual.
O PDT tem três deputados estaduais: Eulcério, Da Vitória e Rodrigo Coelho, que ingressou no partido no início do ano passado, em uma movimentação do governador Paulo Hartung, quando Rodrigo ingressou na equipe de governo, na pasta da Assistência Social. Ele também teria assinado o documento apoiando a mudança na bancada.
A alegação dos aliados palacianos no partido é de que a mudança não poderia ser feita sem a aprovação da estadual. Mas o que realmente incomoda é o movimento significa mudança de postura do partido em relação ao governo e a pressão vem para o colo de Sérgio Vidigal.
A ideia é de que o presidente do partido possa amenizar o ímpeto de seus deputados, mas o deputado federal não parece tão empenhado nessa tarefa. Hoje o governador precisa mais do partido do que o partido do governador. O PDT é um dos maiores partidos do Estado e tem uma boa perspectiva para 2018.
Os nomes do partido no governo do Estado não são indicações da sigla e sim de alguns aliados de Hartung, o que aumenta a insatisfação dos filiados. Isso torna difícil o acordo com o governo, afinal, assim como PSDB e PT, o partido estaria bem dividido sobre seu apoio ao governo do Estado. A falta de espaço do partido na equipe não ajuda na composição.
