Um grupo de pessoas com deficiência protestou contra a falta de políticas de acessibilidade na tarde desta segunda-feira (27) em frente à Assembleia Legislativa. Um dos principais alvos foi a precarização do Porta a Porta, serviço da Prefeitura de Vitória de transporte de pessoas com mobilidade reduzida. O programa Mão na Roda, serviço estadual, também foi alvejado. Convidados a falar durante a sessão, eles não economizaram nas críticas.
O presidente do Movimento Organizado de Valorização da Acessibilidade (Mova), José Olympio Rangel Barreto, iniciou as falas. Ele se referiu ao atual estado do Porta a Porta como “um crime que o prefeito de Vitória está cometendo contra as pessoas com deficiência”. Segundo ele, Luciano Rezende (PPS) descumpre a legislação da pessoa com deficiência.
“Sorrateiramente, ele resolveu não ampliá-lo”, disse, destacando em seguida que a decisão foi tomada mesmo ante uma decisão transitada em julgado determinando que o município amplie o serviço. Uma sentença judicial de setembro de 2016 determonou melhorias no atendimento do programa. Segundo a decisão da 5° Vara da Fazenda Pública Estadual, o município deveria aumentar a frota do programa em oito veículos e reduzir do período de agendamento de três dias úteis para duas horas.
“Hoje são 340 pessoas presas em Vitória por não poder usar o Porta a Porta. Nós queremos ter o direito de ir e vir como qualquer cidadão. Se precisar, vamos parar as ruas”, disparou, cobrando também a instalação de semáforos sonoros nas ruas de Vitória. Na galeria, os manifestantes empunhavam cartazes: Direito Zero, Prisão Domiciliar e Cárcere Privado eram alguns dos recados escritos.
Olympio também cobrou uma reunião com o governador Paulo Hartung (PMDB) para discutir o Mão na Roda. Segundo o militante, hoje são apenas 25 carros para atender cerca de 4,5 mil pessoas em toda a região metropolitana. “Queremos a ampliação. Hoje poderia ter muito mais pessoas aqui. Não tem porque não tinha o Mão na Roda”, criticou.
Queremos conversar com o governador. Queremos a ampliação do programa Mão na Roda.
Reinaldo de Oliveira, representante do Instituto Braille, cobrou os deputados a criticou a acessibilidade dos terminais do Sistema Transcol. “As pessoas com deficiência também votam. Queria pedir a vocês para olhar pela acessibilidade dos terminais de ônibus. A gente bate com o rosto nas placas. Os terminais não oferecerm condição nós caminharmos”.