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Prefeitura em calamidade financeira contrata maestro no sul do Estado

Está certo que as gestões estão no início, ainda tomando pé da situação de seus municípios, mas têm coisas que chamam atenção. Em São José do Calçado, região sul do Estado, a população anda bem revoltada com as decisões recentes da municipalidade.

Assim que chegou ao governo, o prefeito José Carlos de Almeida (PMDB), decretou estado de calamidade financeira no município, o que mostra que a cidade está sem dinheiro. Mas as prioridades não parecem estar focadas na saúde, que é uma das principais demandas da população.

Em vez de contratar pediatras, em falta no município ou suprir as unidades de saúde, que têm necessidades que vão desde a falta de fichas para consulta à falta de medicamentos, a prefeitura achou por bem aumentar as diárias do prefeito de R$ 120,00 para R$ 500,00. A gota d’água, porém, foi um projeto enviado a Câmara para a contratação de servidores para a prefeitura.

Entre as vagas a serem criadas estavam uma para psicanalista, uma para psicóloga e quatro para secretárias de escolas, todas com salários de R$ 1.200,00. Também para havia oito vagas para serventes,  com salários de R$ 937,00. Mas a contratação mais estranha foi a de um maestro, com salário de R$ 2,5 mil.

O caso repercutiu na sessão de segunda-feira (27) na Câmara do município, quando o projeto foi aprovado com apenas um voto contrário, da vereadora Fátima Cristina Souza da Silva Rezende (PDT). O presidente do Legislativo, Wagner Vieira França (PT) também se posicionou contra, mas ele não vota. O salário de maestro é maior do que o oferecido para vagas de médicos no município.

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