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Superlotação das salas de aula compromete qualidade do ensino na rede pública estadual

O professor da rede estadual de ensino, Mauro Lúcio de Oliveira, ocupou a Tribuna Popular da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (3) para dar um panorama da situação de degradação da educação no Estado. O professor leciona nas escolas estaduais Wallace Castelo Dutra e Santo Antônio, em São Mateus (norte do Estado) e relatou as dificuldades enfrentadas por alunos e educadores na rede.

A Escola Estadual Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Santo Antônio chegou a ser ocupada pelos alunos em mais de uma ocasião – a última foi em 23 de março – em protesto contra a política de cortes que o governo vem promovendo.

O professor Mauro Lúcio lembrou que existe uma defasagem de 39% nos salários dos professores e apontou que um professor da rede estadual com pós-graduação e carga horária de 25 horas semanais tem salário de pouco mais de R$ 2 mil.

Ele também ressaltou que o fechamento de turmas leva à superlotação nas salas de aula. Turmas com mais de 40 alunos prejudicam o aprendizado o que, consequentemente, reduz drasticamente a qualidade do ensino. O professor também cobrou que seja implementada gestão democrática nas escolas da rede estadual, com eleição direta para diretores com a participação da comunidade escolar.

Ao final da fala, o professor entregou aos deputados uma carta aberta dos professores da região norte pedindo o apoio da Casa para as demandas da categoria.

Ocupação

Em 23 de março, os alunos da escola Santo Antônio paralisaram as aulas no período da manhã em protesto à política educacional do governo. Eles exibiram cartazes cobrando melhores condições de ensino na unidade.

A superlotação nas salas de aula – resultado do fechamento de turmas – fez com que as turmas passassem a ter 38 a 40 alunos, sendo que os ventiladores das salas não funcionam, o que torna o calor insuportável.

Já em 21 de março, na escola Wallace Castelo Dutra, os alunos protestaram pelo mesmo motivo, já que na unidade as salas também estão superlotadas, com mais de 40 anos, em descumprimento à resolução do Conselho Estadual de Educação (CEE).

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