No edital publicado no Diário da Justiça, o juiz da 13ª Vara Cível Especializada Empresarial de Vitória, Paulino José Lourenço, adverte os credores para o prazo de 15 dias para apresentar suas habilitações ou suas divergências quanto as dívidas confessadas pela empresa. Os questionamentos deverão ser feitos ao administrador judicial do grupo, o escritório Lobo e Vulpe Sociedade de Advogados, representado por Leonardo José Vulpe. Eles também poderão apresentar uma objeção ao plano de recuperação a ser apresentado pela devedora em até trinta dias.
O documento revela ainda um pouco do perfil dos credores do grupo. Do total de dívidas, a empresa registra R$ 1,19 milhão em débitos trabalhistas e R$ 894 mil com micro e pequenas empresas, que têm preferência no recebimento. Já a maior parte da dívida é com fornecedores, prestadores de serviço e condomínios dos shoppings que abrigavam as lojas da Eletrocity – algumas já fecharam desde o início da crise financeira da empresa.
No pedido de recuperação, tombado sob nº 0000662-97.2017.8.08.0024, a empresa alega ser vítima da “crise político-econômica” que tem afetado diretamente seu mercado de atuação. Além da queda do poder aquisitivo do consumidor, a varejista cita a retração de crédito para financiamento das atividades junto às instituições financeiras, comprometendo assim suas operações. A crise teria se agravado pelo elevado comprometimento financeiro e a dificuldade de reposição de seus estoques.