Na inspeção, os representantes do Sindipol constataram que o pátio não tem condições de receber os veículos que chegam ao local diariamente. Muitos desses veículos já se acumulam na parte administrativa da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), que é a responsável pelo pátio.
Além disso, o efetivo responsável por zelar pela delegacia e pelo pátio é muito reduzido. São apenas cinco policiais civis que têm de fazer serviços de administração, vistoria, perícia, cadastramento e entrega de veículos.
A unidade recebe cerca de 10 carros por dia e nos fins de semana e feriados o número chega a cerca de 40. São aproximadamente 5 mil carros e 2 mil motos que se acumulam no pátio e ficam amontoados por falta de espaço.
As condições de trabalho no pátio também são insalubres. O local foi “pavimentado” com uma mistura de cimento e pó de minério, o que provoca a subida de poeira, representando risco de problemas respiratórios em quem frequenta o lugar.
Os veículos, além do acúmulo de água de chuva, também têm combustível nos tanques, o que representa risco de incêndio. Os policiais que atuam no pátio também fazem uso de produtos químicos no trabalho, mas não recebem equipamentos de segurança para o manuseio, o que também põe em risco a saúde dos profissionais.
Além da insalubridade e do risco de doenças a quem atua no pátio, há ainda o problema de segurança na delegacia. As invasões ao pátio são recorrentes por conta do baixo número de vigilantes patrimoniais, que são apenas dois, sendo um por turno. A predileção dos criminosos é pelo furto de motocicletas.