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Fórum de Mulheres promove vigília contra a violência sexual

O Fórum de Mulheres do Estado organiza, nesta terça-feira (11), uma vigília contra a violência sexual em frente ao Palácio da Fonte Grande, sede administrativa do governo estadual. A ideia da vigília partiu da violência sexual sofrida por uma vendedora dentro da loja em que trabalha, no Centro de Vitória. O criminoso entrou na loja por volta das 10 horas da última quinta-feira (6) e, além de roubar a loja, estuprou a funcionária, fugindo em seguida.

O Fórum lembra que a cada 11 minutos uma mulher é vítima de violência sexual no País e este número pode ser ainda maior, já que este é um crime subnotificado. Segundo a nota que convida para a vigília, uma em cada quatro mulheres sofre violência obstétrica; a invisibilidade dos cuidados em saúde das mulheres lésbicas permanece, assim como os “estupros coletivos”.

Além disso, as mulheres trans ainda enfrentam dificuldades de acesso à cirurgia de redesignação sexual e não são chamadas pelo nome social nas unidades de saúde.

Todas essas dificuldades enfrentadas por mulheres no acesso à saúde colidem com a formação profissional deficiente pelas quais alguns profissionais da saúde passam. Exemplo disso é a foto de formandos no curso de Medicina da Universidade de Vila Velha (UVV) que publicaram uma foto nas redes sociais com as calças abaixadas, de jaleco, e fazendo um símbolo que representa o órgão genital feminino.

O Fórum ressalta que o Estado tem destaque negativo pelo alto índice de homicídios de mulheres e é incabível que essas questões não sejam trabalhas em um espaço de formação, como é o caso da faculdade de Medicina.

“Da piada ao feminicídio, todas as ações machistas e sexistas nos matam aos poucos. Isso ocorre porque se naturaliza que zombem ou se apropriem dos nossos corpos. Não iremos mais nos calar diante da cultura do estupro estruturada e legitimada por uma sociedade machista, racista e desigual”, diz a nota.

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