O Fórum lembra que a cada 11 minutos uma mulher é vítima de violência sexual no País e este número pode ser ainda maior, já que este é um crime subnotificado. Segundo a nota que convida para a vigília, uma em cada quatro mulheres sofre violência obstétrica; a invisibilidade dos cuidados em saúde das mulheres lésbicas permanece, assim como os “estupros coletivos”.
Além disso, as mulheres trans ainda enfrentam dificuldades de acesso à cirurgia de redesignação sexual e não são chamadas pelo nome social nas unidades de saúde.
Todas essas dificuldades enfrentadas por mulheres no acesso à saúde colidem com a formação profissional deficiente pelas quais alguns profissionais da saúde passam. Exemplo disso é a foto de formandos no curso de Medicina da Universidade de Vila Velha (UVV) que publicaram uma foto nas redes sociais com as calças abaixadas, de jaleco, e fazendo um símbolo que representa o órgão genital feminino.
O Fórum ressalta que o Estado tem destaque negativo pelo alto índice de homicídios de mulheres e é incabível que essas questões não sejam trabalhas em um espaço de formação, como é o caso da faculdade de Medicina.
“Da piada ao feminicídio, todas as ações machistas e sexistas nos matam aos poucos. Isso ocorre porque se naturaliza que zombem ou se apropriem dos nossos corpos. Não iremos mais nos calar diante da cultura do estupro estruturada e legitimada por uma sociedade machista, racista e desigual”, diz a nota.