Serão investigadas as empresas Silvestre Labs Química & Farmacêutica Ltda, fabricante do repelente comprado pelo governo, que teria conhecido do valor ofertado pela MPX – Consultoria, Comércio e Representações Ltda, configurando assim uma quebra do sigilo da proposta. Também será investigada uma organização social, a OS Geração de Semelhantes para a Educação e Saúde, que teria sócio em comum com a MPX e supostamente subsidiou despesas de agente público envolvido na aquisição.
De acordo com a Portaria nº 066-S, publicada no Diário Oficial do Estado, a comissão processante terá o prazo de 180 dias para apresentar o relatório conclusivo. Os trabalhos serão desenvolvidos sob caráter sigiloso. Foram solicitadas informações à Receita Federal sobre o faturamento das empresas no ano passado – que serve como base para eventuais sanções.
A fraude foi alvo de uma operação do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), que chegou a levar para prisão o então subsecretário de Saúde, José Hermínio Ribeiro, exonerado após o caso vir à tona. Segundo as investigações, o governo Hartung comprou um lote com 75 mil unidades por um valor unitário de R$ 23,50, enquanto o mesmo produto era encontrado por até R$ 11,00 nas farmácias e supermercados. A Prefeitura da Serra pagou R$ 8,80 por um produto semelhante ao adquirido pela Sesa, com mesma quantidade e princípio ativo.
Também está sendo questionada a dispensa de licitação, já que o Espírito Santo apresentava um aumento de casos das doenças provocadas pelo aedes aegypti, em especial os vírus zika e dengue.