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Audiência pública debate fechamento de turmas nas escolas do Estado

O deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB) promove nesta quarta-feira (3) uma audiência pública na Assembleia Legislativa com o tema “Juventude – direito à educação e ao trabalho”. O encontro vai debater o fechamento de turmas e turnos nas escolas estaduais e a exclusão de jovens do processo educacional e do mercado de trabalho.

Majeski – que é presidente da Frente Parlamentar da Juventude – denuncia rotineiramente o fechamento de turmas e turnos nas escolas estaduais. O fechamento gera superlotação nas salas, o que compromete o aprendizado e a qualidade do ensino.

Há um mês, o professor da rede estadual de ensino, Mauro Lúcio de Oliveira, ocupou a Tribuna Popular da Assembleia Legislativa e deu um panorama da situação de degradação da educação no Estado. Ele leciona nas escolas estaduais Wallace Castelo Dutra e Santo Antônio, em São Mateus (norte do Estado) e relatou as dificuldades enfrentadas por alunos e educadores na rede. leciona nas escolas estaduais Wallace Castelo Dutra e Santo Antônio, em São Mateus (norte do Estado) e relatou as dificuldades enfrentadas por alunos e educadores na rede.

Nas unidades, há diversas turmas com mais de 40 alunos, o que reduz drasticamente a qualidade do ensino. A Escola Estadual Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Santo Antônio chegou a ser ocupada pelos alunos em mais de uma ocasião – a última foi em 23 de março – em protesto contra a política de cortes que o governo vem promovendo.

Nas salas de aula superlotadas da escola os ventiladores não funcionam, o que torna o calor insuportável, assim como em outras unidades de ensino.

Em 6 de abril os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Leandro Escobar, em Guarapari, também protestaram contra as condições precárias da unidade. As salas de aula não têm capacidade para comportar todos os alunos, já que foram construídas para até 29 estudantes, mas algumas comportam mais de 40. A “biblioteca” da escola é um armário, já que não há espaço e local para armazenar os livros.

O refeitório da escola também não comporta o número de alunos, o que faz com que muitos deles não tenham local adequado para comer a merenda. Nas salas, além dos espaços exíguos, há falta de ventilação adequada, já que não há climatização e os ventiladores não aplacam o calor.

A escola, que já apresenta problemas de superlotação, tem apenas dois banheiros, sendo um masculino outro feminino, com somente três divisórias, o que torna o espaço ainda menor. Além disso, a quadra poliesportiva da escola não tem cobertura, e os alunos precisam fazer as aulas de Educação Física no sol ou na chuva, expostos a intempéries.

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