De acordo com o advogado do tenente-coronel, Paulo César Vieira, o pedido de habeas corpus foi impetrado quando o militar ainda estava recolhido no Quartel do Comando Geral (QCG). No entanto, antes que o pedido fosse julgado, Foresti foi colocado em menagem, no equivalente à prisão domiciliar, para tratar da saúde. A menagem era justamente um dos pedidos da defesa do tenente-coronel, que já havia sido atendido antes do julgamento.
No entanto, o segundo pedido, de relaxamento da prisão, não foi atendido, sob a alegação do magistrado de que vai alegar manifestação da Procuradoria de Justiça.
O advogado, que assumiu a defesa do tenente-coronel nesta semana, vai recorrer da decisão por considerar que a prisão não se justifica mais. Ele aponta que o militar está há quase 81 dias preso, desde fevereiro deste ano, e não representa risco à sociedade e à segurança pública e que o movimento dos familiares dos policiais militares já acabou. Paulo César também ressalta que Foresti não tem qualquer influência no movimento.
O tenente-coronel Foresti ficou conhecido durante o movimento pela crise nervosa que o levou para o hospital. O oficial surtou ao saber que policiais que faziam o policiamento ostensivo a pé haviam sido baleados. Ainda sob forte emoção, ele fez circular um áudio na internet que chocou quem ouviu. Um verdadeiro desabafo sobre a situação de opressão à qual os policiais estavam sendo submetidos.
No dia 25 de fevereiro, data do encerramento do movimento, Foresti postou um texto no qual se mostra surpreso com a decretação de sua prisão. “Não me informaram o motivo até o momento, mas parece ser relativo ao movimento das esposas dos policiais militares”.