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Secretário de Fazenda retorna à Assembleia nesta segunda para prestar contas

O secretário estadual da Fazenda, Bruno Funchal, vai ser ouvido pela Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa nesta segunda-feira (29). Na reunião extraordinária, ele vai apresentar o balanço das metas fiscais no primeiro quadrimestre de 2017. Apesar do retorno à Casa, onde deixou mais interrogações do que certezas sobre os rumos da economia capixaba, a audiência não deve tratar da convocação anterior, referente ao pedido de explicações sobre os incentivos fiscais concedidos pelo governo.

De acordo com informações da Assembleia, a prestação de contas atende ao previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, em que exige a convocação do Poder Executivo ao final dos meses de maio, setembro e fevereiro. Funchal poderá dispor de até 40 minutos para apresentar o relatório das metas fiscais. Em seguida, os deputados poderão fazer questionamentos sobre o balanço das finanças do Estado, desde que façam prévia inscrição.

No mês passado, o secretário era esperado pelo colegiado para falar sobre a questão dos benefícios a empresários. Era previsto que o principal foco dos questionamentos seria os incentivos fiscais aos grandes projetos, em especial, à mineradora Vale, que atua no Complexo de Tubarão, em Vitória. A convocação foi requerida pelo deputado Euclério Sampaio (PDT), que havia questionado Funchal sobre a renúncia fiscal em sua prestação de contas em março.

No requerimento de convocação do secretário, Euclério destacou que pretende saber qual o montante de impostos que o governo deixa de arrecadar com a renúncia fiscal e a compensação da renúncia. O governo deve abrir mão nos próximos anos de mais de R$ 4 bilhões em tributos, de acordo com a previsão contida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017, porém, os nomes das empresas beneficiárias e o montante da renúncia não é informado.

Essa falta de transparência levou o Ministério Público de Contas (MPC) a requerer à Secretaria da Fazenda (Sefaz) o detalhamento sobre concessão de benefício e incentivos fiscais pelo Estado entre os anos de 1989 e 2016. O órgão ministerial argumenta que as oito gestões que atuaram nesse período não cumpriram o extinto artigo 145 da Constituição Estadual, que exigia a publicidade dessas informações. A retirada do texto legal se deu por iniciativa do então líder do governo, deputado Gildevan Fernandes (PMDB), e foi aprovada pelos deputados no final de 2015.

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