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Praça Costa Pereira terá vigília com orações e preces pelas famílias do IAPI

A Comissão de Justiça e Paz (CJP) da Arquidiocese de Vitória e o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH-ES) realizam nesta terça-feira (13), a partir de 18h30, na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, uma vigília em defesa da paz e da moradia digna. O ato vai chamar atenção para as famílias da Ocupação Chico Prego, instaladas no prédio do antigo Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI), ao lado da praça.
 
As famílias estão ameaçadas de sofrer uma ação de reintegração de posse, já autorizada pela Justiça Federal a pedido da União, proprietária do imóvel. 
 
A vigília é de inspiração ecumênica e terá um rito litúrgico com orações, preces, leituras bíblicas e louvores. Ao final, haverá uma pregação breve com o professor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e membro da CJP, Maurício Abdalla, sobre “a comunhão universal dos bens na moral cristã”. Falas e orações de líderes religiosos , de associações, entidades e movimentos sociais  também integrarão o ato.
 
“Cremos que os pobres são epifania de Deus no mundo, são novos cristos em nosso meio, por isso nossa fé nos impulsiona a nos comprometermos com sua vida e sua vida em abundância”, diz a nota sobre a vigília divulgada na página da ocupação no Facebook. A nota também pede que o poder público respeite os movimentos de moradia e efetivem políticas habitacionais e “não que aumente-os, a partir de despejos forçados violentos, legitimados por reintegrações de posse injustas”.
 
Na última terça-feira (6), três integrantes da Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp) vistoriaram o prédio do IAPI para elaborar um relatório de avaliação de risco. O documento vai traçar estratégias para o cumprimento da ordem de reintegração de posse do imóvel, que ainda não tem data para acontecer.
 
A Ocupação Chico Prego, que ocupa o imóvel com cerca de 150 famílias, entrou com ação civil pública para suspender a decisão da Justiça Federal. A ação é assinada pelas defensorias públicas da União e do Estado. A ação cobra também, entre outras medidas, a efetivação do direito de moradia digna às famílias e a destinação do prédio do IAPI para projetos de moradia de interesse social, por meio do Programa Minha, Casa Minha Vida.

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