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Legítima defesa

Um bloco puxado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Erick Musso (PMDB), envolve sete partidos pequenos e se movimenta para garantir a eleição de dois deputados federais e seis estaduais em 2018. Tudo isso, em princípio, sem mexer na disputa majoritária. Essa é a movimentação que teria começado após a eleição de Erick à presidência, com PSD, PRB, Pros, Avante (PTdoB), PEN e Podemos (PTN), recebendo, por último, a adesão do PCdoB. A conversa consiste em articular a eleição à Câmara do secretário da Casa Civil, José Carlos da Fonseca Júnior (PSD) e do deputado estadual Amaro Neto (SD), com a possibilidade ainda de uma terceira cadeira, que depende do interesse do subsecretário de Estado de Comércio Exterior, Neucimar Fraga (PSD). Na Assembleia, o esforço seria pelas reeleições do próprio Erick, Sandro Locutor (Pros), Rafael Favatto (PEN), Dary Pagung (PRP), Hudson Leal (Podemos) e Enivaldo dos Anjos (PSD), entrando para o bloco, também, o deputado Marcelo Santos (PMDB). De lá pra cá, algumas mudanças ocorreram, como a de Enivaldo, que pode fechar chapa ao Senado pelo PCdoB, além das negociações de migrações partidárias em curso, que têm relação com o bloco. Mas a essência permanece: até março de 2018, abertura da janela de transferência de siglas, ninguém se envolve com majoritária (só o PCdoB se movimenta nesse sentido, com a candidatura ao governo do prefeito de Baixo Guandu, Neto Barros). O foco principal são as proporcionais, numa jogada de legítima defesa e sobrevivência política: os partidos menores, sozinhos, viram comida de onça. Já as lideranças, diante do cenário de incertezas sobre a eleição ao governo, se cercam de garantias, tendo no PCdoB, caso necessário, uma “válvula de escape”. Resta saber se o bloco chega inteiro até lá. 
Interferências 
A movimentação tem relação, também, com as recentes articulações para migração de partido. Erick recebeu várias propostas e parecia engatar um namoro com partidos do bloco. Mas apareceu o DEM, para onde pode ir junto com Marcelo Santos. O partido está em turbulência interna, exatamente pelas movimentações eleitorais, e não integra o bloco. 
Em casa
Amaro Neto, por outro lado, está com um pé no PRB, enquanto Enivaldo, depois do convite do PCdoB, pode bater o martelo e entrar na chapa comunista. Nesses casos, fica tudo “em casa”.
Decisivo
Em meio a essa movimentação e matemática eleitoral, pesa a mão do governador Paulo Hartung (PMDB), que ninguém sabe ainda para onde vai em 2018. 
Vai, não vai
Outro que também esconde o jogo, por enquanto, é o adversário de Hartung, o ex-governador Renato Casagrande (PSB).
Contra o tempo
Como não dá para ficar esperando, sentado, as lideranças estão em campo. Se “cochilar, o cachimbo cai”.   
Biografia
O deputado estadual Theodorico Ferraço (DEM), ex-presidente da Assembleia, vai fazer a retrospectiva dos seus 55 anos de carreira política. “Uma história de luta pelo povo capixaba”, anunciou o demista em perfil próprio no Facebook. O canal para divulgar a “série especial” vai ser a própria página oficial do deputado. Ferraço nunca deu ponto sem nó. 
Cara, crachá
Já circula nas redes sociais aquele placar de praxe da Reforma Trabalhista: de um lado fotos dos senadores “contra os trabalhadores”, do outro os senadores “a favor dos trabalhadores. O relator Ricardo Ferraço (PSDB), que não mudou uma vírgula do texto do presidente Michel Temer, está lá…precisa dizer com que selo? 
Chove não molha
Há quem aposte que o PT capixaba vai ficar só nesse embromation em relação ao desembarque do governo Hartung. Uma hora joga o caso para os cargos espalhados pelas prefeituras, que são muitos. Outra para o governo. E vai empurrando com a barriga.
Nas redes
“(…) Que as empresas, governantes e órgãos fiscalizadores tenham mais responsabilidade com a duplicação da Rodovia [BR 101], em vez de se calçarem em subterfúgios legais e administrativos para não realizarem obras. As intervenções são determinantes para que essas ocorrências não ceifem mais vidas”. (Deputado federal Marcus Vicente – PP – sobre o acidente que vitimou mais de 20 pessoas em Guarapari – no Facebook).
PENSAMENTO:
“Politicamente só existe o que se sabe que existe, politicamente o que parece é”. Antonio de Oliveira Salazar

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